A Revolução Francesa foi a maior revolução voltada para a reforma agrária de sua época, isso porque o país passava por uma crise no setor agrícola, afetando a classe mais baixa da sociedade que passava por uma enorme escassez de alimentos. Nessa perspectiva, percebe-se como a organização da estrutura do corpo social interfere diretamente na questão da insegurança alimentar e como os mesmos erros são vistos no atual cenário da fome no Brasil.
Primordialmente, faz-se necessário destacar a origem dos ideais utilizados na Revolução Francesa, uma vez que estão ligados ao pensamento iluminista, no qual trouxe a ideia de que a terra era um bem comum a todos e teria um valor social. Dessa maneira, nota-se que por ser um bem de valor social é de grande importância que a terra seja aproveitada corretamente para evitar a síntese de uma desigualdade social. No entanto, não é o que ocorreu na França do antigo regime, já que uma grande parcela da sociedade passava por insegurança alimentar e de maneira semelhante é o que o Brasil passa com seu alto índice de famílias no mapa da fome.
Outrossim, é preciso uma análise mais detalhada sobre como o cenário da fome é afetado pela má distribuição de terras. Isso acontece, pois o governo brasileiro incentiva a exportação da maioria das commodities, produtos de larga escala que funcionam como matéria prima, e prejudicam a agricultura familiar ou pequenos agricultores que fornecem alimentos de qualidade para a população, porém não recebem o mesmo incentivo do governo. Sob essa lógica, tal situação aumenta tanto o número de desempregos nesse setor como também de pessoas com fome por priorizar a terra na mão de poucos enquanto os agricultores que alimentam o país são negligenciados.
Portanto, em virtude dos fatos mencionados acima, cabe ao Governo Federal, órgão de autoridade máxima no país, criar medidas afetivas para que a reforma agrária seja realidade, ao mesmo tempo que combate a fome. Isto é, por meio de duas leis, sendo a primeira delas a que priorize a redistribuição de terras de maneira justa e a segunda voltada para a criação de projetos contra a insegurança alimentar, com restaurantes abertos espalhados pela cidade que sirvam pratos de boa qualidade e de graça para a população. Dessa maneira, a fim incentivar a agricultura familiar e reorganizar a estrutura da sociedade, visando acabar com a fome. Por conseguinte, a espera de um Brasil mais consciente e livre da insegurança alimentar.