É evidente como a insegurança alimentar no Brasil representa um desafio para a sociedade alienada e corrompida como a brasileira. Inicialmente, isso é fruto da escassez de alimentos e do problema de abastecimento. Nesse contexto, ao analisar os fatores supracitados, percebe-se que a problemática, além de ser uma realidade, tende a potencializar e agravar a imoralidade inata.

De início, entende-se que a escassez de alimentos é um fator crucial para a existência do entrave na sociedade, porque as pessoas não têm acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficiente para sua sobrevivência. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar. Seguindo essa linha de pensamento, nota-se que o problema,lamentavelmente, já tornou-se cotidiano e a população habitou-se a ele. Assim, em virtude dessa alienação, a insegurança alimentar persiste no corpo social.

Além disso, o problema de abastecimento também dificulta a atenuação do impasse, em virtude, exclusivamente, da desigualdade social que é uma das principais causas da fome no Brasil. Conjuntamente, é possível constatar, a partir da literatura machadiana, que o homem é visto como um ser corrompido e sem princípios, no qual é imoral frente aos obstáculos. Desse modo, ao enxergar a permanência da insegurança alimentar, compreende-se, inegavelmente, a existência dessa conduta passiva e ineficaz praticada pelo cidadão brasileiro, já que ele inclina-se a ser insignificante.

Em suma, torna-se imprescindível a resolução do impasse. Afim das pessoas terem uma estabilidade em relação à alimentação, os governos federal, estadual e municipal devem realizar cursos de capacitação profissional em diversas áreas, por meio de verbas públicas, aos sujeitos que perderam seus empregos com o objetivo de incluí-los no mercado de trabalho. Desse modo, o cidadão passará a adotar uma conduta mais assertiva e benéfica em prol do bem social.