O desenvolvimento da inteligência artificial está sendo um enorme progresso na história da ciência e da humanidade. Por um lado, isto pode trazer impactos positivos para a cultura, tal qual, maior diversidade em suas manifestações. Por outro ângulo, pode afetar negativamente a cultura produzida pelos seres humanos, haja vista a dificuldade que será superá-la neste campo.

O uso da inteligência artificial está cada vez maior. Seu emprego se dá em inúmeros feudos, mais recentemente em âmbito cultural, no qual produz a passos largos muitas obras de arte, como pinturas, poesias, músicas e prosas. Tais inovações com certeza acarretarão uma maior diversidade de produção e até mesmo poderão significar um estímulo à criatividade humana, graças ao aumento da concorrência, tanto em termos de quantidade, mas sobretudo de qualidade. Além disso, é mister aduzir que a forma de processamento e interpretação das IAs implicará em prováveis novas escolas de arte, como um neobarroco ou neorromantismo, o que afetará o trabalho dos artistas humanos.

Todavia, as IAs também significarão o aumento do desemprego e da automatização do trabalho, já que será mais barato para as grandes indústrias contratar o serviço delas em detrimento da mão de obra humana, como, a título de exemplo, na produção de quadrinhos e "mangás" japoneses. É possível, ademais, que talentos sejam jogados fora, já que as pessoas preferirão se especializar na área de tecnologia da informação do que nos campos culturais. É claro, pois, que haverá migração do esforço humano para a especialização no manuseio das novas inteligências.

Portanto, as IAs impactarão positiva e negativamente as expressões culturais humanas, diversificando suas manifestações por um lado, mas dificultando a competição para as pessoas por outro. É preciso que o poder público dos países regule e limite o seu uso, bem como incentive as empresas por meio de benefícios fiscais e creditícios a empregarem talentos humanos.