Com o avanço tecnológico nas últimas décadas, a inteligência artificial (IA) tem se tornado uma presença constante na rotina da sociedade contemporânea. Segundo o filósofo Aristóteles, “a educação é o principal instrumento para a construção de uma sociedade justa”, o que demonstra a importância do conhecimento e da consciência ética diante das inovações. Entretanto, o uso crescente da IA tem gerado desafios éticos e sociais, especialmente no que diz respeito às relações humanas e à preservação de valores como empatia e convivência. Diante disso, é fundamental analisar os impactos dessa tecnologia e refletir sobre medidas que assegurem seu uso responsável.
Em primeira análise, é inegável que a inteligência artificial trouxe inúmeros benefícios à sociedade, como o aprimoramento de diagnósticos médicos, a automação de tarefas e a otimização da comunicação. Contudo, a dependência excessiva dessas ferramentas tem reduzido o contato humano e afetado a capacidade de diálogo e de compreensão mútua. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a solidão é um dos grandes males do século XXI, e o uso indiscriminado da tecnologia contribui para esse quadro. Dessa forma, é imprescindível que o avanço tecnológico caminhe ao lado da valorização das relações interpessoais.
Além disso, o uso da inteligência artificial levanta debates éticos sobre o limite entre o controle humano e o domínio das máquinas. O escritor Albert Camus afirmou que “a grandeza do ser humano está em decidir ser mais forte que sua condição”, o que reforça a necessidade de o indivíduo exercer consciência e responsabilidade sobre suas criações. Assim, é essencial promover uma educação digital que ensine desde cedo o uso crítico e equilibrado das tecnologias, a fim de evitar a desumanização e fortalecer os vínculos sociais em meio à era digital.
Portanto, diante do exposto, é necessário que o Estado, em parceria com o Ministério da Educação, desenvolva políticas públicas de conscientização digital, que incentivem o uso ético e equilibrado da inteligência artificial. Isso pode ser feito por meio de campanhas educativas nas escolas e mídias digitais, com o objetivo de orientar a população sobre os riscos e benefícios do avanço tecnológico. Assim, será possível construir uma sociedade moderna e conectada, mas que preserve os valores humanos que sustentam a convivência coletiva.