A obra Útopia do escritor inglês Thomas More, retrata uma sociedade perfeita, com a ausência de guerras e conflitos. Sob essa ótica vê-se que o Brasil atual está distante deste vieís, uma vez que a invisibilidade do registro civil perpetua. Tendo em vista o Estado como o maior errante assim como a falta de acesso para a população, são questões que devem ser abordadas no íntimo do revés.

O filósofo brasileiro Paulo Freire disse "A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as desigualdades" ou seja, é necessário que o estado com seus demais órgãos faça uma análise completa utilizando dados do IBGE sobre a quantidade de pessoas "invisiveis" para a sociedade, uma vez que sem o documento de registro as mesmas não contam como corpo social perante a lei, sendo assim fica difícil exercer o direito ao voto, á educação e em geral á cidadania.

Além disso, é importante salientar a falta de informação entre as mídias sociais, como jornal, televisão, cartilhas. Diante disso, o acesso as informações precisa ser garantido. Assim como no artigo 5º da Constituição Federal de 1988 garante o direito á igualdade, sendo assim com a falta de conhecimento a igualdade não existirá, já que, a falta do documento desencadeia a carência de educação e continuamente de trabalho e oportunidades que precisam de um documento de identificação. Na letra da música "era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada" é parecido com um cidadão sem identificação, pois sem o documento ele é um fantasma dentro da sociedade.

Destarte o exposto, o Governo Federal na condição de garantidor dos direitos individuais, deve iniciar uma campanha juntamente com os cartórios para que as pessoas sem registro possam fazer os documentos, além de implementar mais acesso as informações, com o objetivo de sanar as dúvidas, e com isso reduzir a invisibilidade. Somente assim a sociedade descrita por Thomas More ganhará vida.