Em meados do século xx, o escritor austríaco Zygmunt Bauman escreveu um livro cujo título é até hoje repetido: "Brasil, país do futuro". Porém, quando se observa os desafios para garantir o acesso à cidadania no Brasil, nota-se que essa profecia é constatada na teoria e não desejavelmente, na prática, isso ocorre por inúmeros fatores, entre eles pode-se citar a desigualdade socioeconômica e a desinformação.
Em primeiro lugar, é nítido que a má distribuição de renda resulta em problemas sociais. Segundo dados do IBGE, em 2015, a região Sudeste tinha o maior índice de invisibilidade nacional, isto ocorre em vista da extrema pobreza local, o que é preocupante uma vez que este documento é de suma importância para ter acesso a benefícios sociais, educação e aos demais direitos básicos. Assim, faz-se mister a ação governamental para modificar este cenário.
Além disso, a desinformação corrobora para o segmento da problemática apresentada. Segundo a poeta Letícia Andrea, um povo que não conhece os seus direitos torna-se um povo submisso, acanhado e facilmente manipulado. Logo, a ausência de conhecimento sobre os benefícios que podem ser adquiridos através da aquisição da certidão de nascimento, contribui para o desenvolvimento tardio da nação visto que há cidadãos que não exercem a cidadania.
Portanto, cabe ao poder público, através dos secretários estaduais, em parceria com as grandes indústrias, promover empregos a fim de garantir uma renda fixa aos moradores locais e reduzir assim, a desigualdade econômica nas regiões em questão. Ademais, o Governo Federal, em pareceria com a Mídia - maior difusora de informações - deve criar campanhas e realizar palestras com o intuito de informar a população sobre seus direitos e enfatizar a necessidade de obter a certidão de nascimento. Tomando as devidas precauções, o direito à cidadania será garantido e a profecia de Bauman será constatada na prática.

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