Na obra "Utopia", do grande escritor Thomas Hobbes, é retratada uma sociedade ideal, onde as políticas são igualitárias e inclusivas. Entretanto, essa narrativa não pode se aplicar ao atual cenário brasileiro, uma vez que as mulheres sofrem e enfrentam todos os dias a desigualdade e invisibilidade no trabalho, em áreas como a profissão de cuidador.
Partindo da antiguidade até a atualidade, as mulheres sempre foram vistas como o "sexo frágil ", tendo menos oportunidades de emprego, recebendo menos, e sendo descriminadas. No século XXI, isso não se mostra diferente, um exemplo claro disso sendo o trabalho de cuidador, uma trabalho essencial no país e que exige muito fisico e mentalmente. Mas que quando realizado por uma mulher, é mal remunerado, cheio de preconceito étnico e xenofobia. Além de, muitas vezes, violento, possuindo diversos abusos.
Embora tenha havido uma notória mudança entre a antiguidade e a atualidade, ainda não e possível se embazar na obra de Thomas Hobbes para retratar a realidade. No Brasil, o número de pessoas que demandam de um cuidado especial tem se tornado alarmante, mas, muitas vezes acaba sendo realizado por integrantes da família que em 75% das vezes, são mulheres, que quando contratadas, recebem um salário baixo para o trabalho exigido.
Assim, é de utilidade pública a participação do governo, criando políticas públicas que atendam a demanda de pessoas que precisam de cuidados especiais, e que implementem leis, uma vez que, acaba sendo realizado por adolescentes de 15 ou 16 anos, ou por mulheres da família. Podendo assim, criar um novo modelo para a sociedade, onde a ideia de Thomas Hobbes poderia estar presente, uma vez que, haveriam então, políticas que atenderiam a demanda necessária de cuidadores e havendo salários ideais para o trabalho realizado.