“O seu direito termina onde o do outro começa”. Analisando a frase, difundida desde os primórdios da civilização, entende-se a liberdade de expressão como um direito básico que não deve sobressair sobre o de outras pessoas. Contudo, é necessário restringi-la, visto que, mesmo controlada, há quem consiga externar seus pensamentos de maneira agressiva.
Aprofundando-se no questionamento, é possível notar que essa mesma liberdade, sem moderação, permitiu a ascensão do fascismo, causando o genocídio de milhares de pessoas, silenciando-as. Diante desse contexto, deve-se observar o discurso de quem teme ser restringido.
No ano de 2025, após a possibilidade de prisão de Leo Lins, comediante brasileiro conhecido pelo humor “provocativo”, retomou-se o debate sobre o limite do humor. Notou-se que quem apoiava a falta de barreiras no humor, em grande maioria, buscava censurar quem os ofendia, sendo também responsável por fazer “piadas” que mascaravam preconceitos, como racismo, machismo e homofobia, ou crimes, como a pedofilia.
Portanto, apesar de ser um direito básico, a liberdade de expressão deve possuir limitações. Afinal, quando irrestrita, abre portas para o discurso de ódio, onde quem sofre são as minorias. Infelizmente, para que todos possam falar e viver no mesmo ambiente, é necessário que alguns se calem.