O aclamado e popular filme WALL-E, retrata um futuro distópico no qual a terra está repleta de lixo e os seres humanos precisam evacuar o planeta para sobreviver. Embora ficcional, pode-se estabelecer um paralelo entra a obra audiovisual e a realidade brasileira, uma vez que é considerável o número de pessoas que fazem descarte incorreto de lixo eletrônico. Dessa forma, urge analisar não só a desinformação acerca deste assunto, como também a falta de investimento governamental na criação de pontos de coleta.
Em primeira análise, evidencia-se que a falta de informação à sociedade quanto a realização correta de descarte acarretam milhares de malefícios ao meio ambiente. Segundo dados do IBGE, o nível de contaminação do solo e dos lençóis freáticos sobe cerca de 35% por ano. Desse modo, é perceptível que a carência de conhecimento influencia de forma negativa o ecossistema.
Além disso, é notória a ineficácia governamental quanto a realização de seus deveres, portanto, torna-se um dos maiores motivadores do impasse. Nesse sentido, segundo o sociólogo Zygmund Bauman que cunhou o termo "instituições zumbi", para denunciar as instituições que, apresar de manter a essência, perderam a função social. Sob essa ótica, a crítica de Bauman pode ser associada ao governo, no qual, embora possua papel fundamental, age com descaso.
Depreende-se, assim, a adoção de medidas que venham diminuir a quantidade de lixo eletrônico descartado de forma incorreta. Dessa maneira, cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente - Órgão responsável pela proteção e recuperação do ecossistema - promover a disseminação de informação a partir de palestras e campanhas para a sociedade, afim de diminuir a taxa de poluição. Feito isso, a realidade destoará da obra "WALL-E".