Machismo estrutural

Ao longo das eras, sempre fora trabalhado a imagem de uma mulher submissa ao homem, devotada ao lar e incapacitada para questões intelectuais. Hodiernamente essa imagem vendo sendo desconstruída de forma mais brusca, de forma que as mulheres estão sendo inseridas em todas as áreas em que antes eram completamente dominadas por homens. Esse problema, no entanto, parece não ter chegado a uma solução definitiva, tendo em vista que até os dias de hoje há quem acredite que um homem dirija melhor ou que uma mulher não tem capacidade para gerir uma empresa.
Em primeiro lugar, é necessário trabalhar com a ideia inconsciente de que homens possam ser mais capacitados do que mulheres em cargos de grande poderio, por exemplo, quando um juiz é citado, é mais comum que se ligue a imagem de um homem de meia idade, do que a de uma mulher na mesma faixa etária. Essa ideia é implantada em nossas mentes desde criança, sendo em desenhos animados ou em séries televisionadas, embora isso esteja mudando nos dias de hoje, com séries em que as protagonistas mulheres são independentes e auto suficientes, não é incomum se ter um filme em que o homem é o grande dominador, enquanto a mulher permanece como uma figura secundária, normalmente tida como amante sensível do personagem masculino.
Nessa mesma linha de raciocínio, há um preconceito presente no mundo corporativo privado, chegando até mesmo ao nível absurdo de uma mulher receber até 10% a menos do que um homem que ocupa o mesmo cargo, sendo o “grande” argumento de tal ato a possibilidade da mulher engravidar e ter de se ausentar com a licença maternidade, isso quando não são demitidas pouco tempo depois de retornarem (cenário muito comum até os dias de hoje). Retornando ao ponto das imagens presas ao subconsciente, é extremamente comum a ideia de que um grande empresário tem de ser um homem barbado, com alguns fios brancos e idade o suficiente para ser considero experiente.
Toda a linha de segregação entre os gêneros, devem ser contornadas da maneira mais imediata possível, embora haja movimentos e grupos dedicados a isso (como feministas em geral), é necessário que isso seja implementado de maneira mais profunda na sociedade. Ainda na pré-adolescência, não há encorajamento para o público feminino seguir profissões de cunho científico ou financeiro, o que poderia ser mudado com alguns movimentos vindos da secretária de educação, com o intuito de motivar as meninas de 10 – 13 anos de idade a seguirem profissões diferentes de enfermagem ou pedagogia, que são supostamente profissões “femininas”. É necessário acabar com essa segregação ainda na infância, incentivando, desconstruindo e guiando esses jovens para um mundo onde não haja distinção entre os gêneros.