Em primeiro lugar, é preciso ressaltar a contribuição do eurocentrismo para essa problemática. Sob esse viés, o linguista Caetano Galindo, em seu livro Latim em Pó, destaca a importância dos africanos escravizados na formação do português brasileiro, defendendo que a língua falada por aqui está mais para uma "Flor de Loanda" do que para uma "Flor do Lácio". A despeito dessa colaboração para a construção do idioma, persiste na sociedade brasileira a ideia de que o português europeu é superior e de que apenas em Portugal se fala corretamente.
De forma semelhante, essa desvalorização se estende a outros aspectos da herança africana. Além disso, a falta de conhecimento sobre a cultura afro-brasileira se revela um entrave para sua valorização. Nesse cenário, o jornalista Miguel dos Anjos, em artigo para o Correio Braziliense, sustenta que muitos influenciadores digitais desempenham um papel importante no letramento racial ao produzir vídeos sobre essa cultura. No entanto, o alcance desses produtores de conteúdo é muito limitado em comparação com o da mídia hegemônica, na qual há pouco espaço para temas relacionados à cultura afro-brasileira. Essa disparidade impede que o grande público tenha acesso a esse conhecimento.
Portanto, fica evidente que é necessário mudar a visão da sociedade em relação à herança africana. Para isso, cabe ao Ministério da Educação — órgão responsável pelas políticas educacionais — promover a valorização desse legado. Isso deve ser feito por meio de alterações no currículo escolar, para que todas as disciplinas abordem conteúdos relacionados ao tema, como já ocorre em história, de modo que os alunos compreendam a importância dessa cultura no Brasil. Além disso, os meios de comunicação tradicionais devem abrir espaço para esses temas em programas de grande audiência. Somente assim, crianças negras não precisarão ouvir questionamentos como os de Silvio Santos.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, articulada e abrangente, ainda que sem suficiente detalhamento.
A redação demonstra excelente domínio da norma-padrão, sem erros gramaticais relevantes. O tema é abordado de maneira clara e articulada, com argumentos bem fundamentados e estruturados. A proposta de intervenção contém os quatro elementos: agente (Ministério da Educação), ação (promoção da valorização do legado africano), meio (alterações no currículo escolar) e finalidade (compreensão cultural). Detalhamento adicional poderia incluir exemplos específicos de conteúdos escolares a serem introduzidos.
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