- 04 Set 2024, 16:38
#133442
Em sua obra "Ensaio sobre a cegueira", o escritor português José Saramago descreve uma cidade fictícia na qual, gradualmente, as pessoas vão ficando cegas. Na trama, o autor usa dessa alegoria para criticar a falta de altruísmo e cooperação no mundo contemporâneo, em que os indivíduos se preocupam cada vez menos com o bem-estar coletivo. Ao transpor a ficção e analisar o atual contexto brasileiro, percebe-se que a obra exemplifica a realidade vivenciada no país, uma vez que a recorrência da insegurança alimentar representa um problema que não recebe a devida atenção no território nacional. Nessa circunstância, deve-se analisar como a negligência estatal e a desigualdade social impulsionam tal problemática, com o intuito de solucioná-la.
Diante desse cenário, destaca-se a inoperância governamental como fator agravante da fome e desnutrição no Brasil. De acordo com o geógrafo Milton Santos, em seu texto "As cidadanias mutiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os direitos do corpo social, em sua totalidade, são homogeneamente desfrutados. Todavia, na condição hodierna, a passividade do Estado distancia os grupos em situação de vulnerabilidade social dos seus direitos constitucionalmente garantidos, a medida que este público carece do acesso a uma alimentação digna ou estão expostos a completa ausência dela, o que reflete diretamente na qualidade de vida destes indivíduos. Dessa forma, enquanto o Estado negligenciar suas responsabilidades, o problema perdurará e os direitos dos cidadãos continuarão a ser negligenciados de forma sistemática.
Ressalta-se, ademais, que a desigualdade social potencializa esse quadro. Nesse viés, segundo o escritor George Orwell: "Somos todos iguais, mas alguns mais iguais que outros". Diante de tal exposto, nota-se que as diferenças exorbitantes relacionadas ao poder socio-ecônomico da sociedade, é um fator que corrobora intensamente com o impasse, dado que sem um mínimo poder orçamentário, é praticamente impossível ter uma alimentação harmônica. Em decorrência disso, mantém-se o estado de ausência de ações sociais efetivas no que tange à reversão desse contexto,fragilizando, com isso, a cidadania plena no país. Desse modo, é imprescindível combater a desigualdade social, visto que é uma das causas fundamentais do problema.
Portanto, denota-se necessária a urgência de propostas governamentais que alterem esse contexto. Logo, cabe ao Estado - em sua função de promotor do bem-estar social - desenvolver projetos sociais nos estados, mediante a políticas públicas, como ambientes que tenham funcionamento integral e distribuam refeições completas diariamente aos grupos em situação de vulnerabilidade social. Tal ação terá como finalidade amenizar a insegurança alimentar no Brasil. Dessarte, à luz da perspectiva de Saramago, será crível mitigar a cegueira moral que permeia a questão.
Diante desse cenário, destaca-se a inoperância governamental como fator agravante da fome e desnutrição no Brasil. De acordo com o geógrafo Milton Santos, em seu texto "As cidadanias mutiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os direitos do corpo social, em sua totalidade, são homogeneamente desfrutados. Todavia, na condição hodierna, a passividade do Estado distancia os grupos em situação de vulnerabilidade social dos seus direitos constitucionalmente garantidos, a medida que este público carece do acesso a uma alimentação digna ou estão expostos a completa ausência dela, o que reflete diretamente na qualidade de vida destes indivíduos. Dessa forma, enquanto o Estado negligenciar suas responsabilidades, o problema perdurará e os direitos dos cidadãos continuarão a ser negligenciados de forma sistemática.
Ressalta-se, ademais, que a desigualdade social potencializa esse quadro. Nesse viés, segundo o escritor George Orwell: "Somos todos iguais, mas alguns mais iguais que outros". Diante de tal exposto, nota-se que as diferenças exorbitantes relacionadas ao poder socio-ecônomico da sociedade, é um fator que corrobora intensamente com o impasse, dado que sem um mínimo poder orçamentário, é praticamente impossível ter uma alimentação harmônica. Em decorrência disso, mantém-se o estado de ausência de ações sociais efetivas no que tange à reversão desse contexto,fragilizando, com isso, a cidadania plena no país. Desse modo, é imprescindível combater a desigualdade social, visto que é uma das causas fundamentais do problema.
Portanto, denota-se necessária a urgência de propostas governamentais que alterem esse contexto. Logo, cabe ao Estado - em sua função de promotor do bem-estar social - desenvolver projetos sociais nos estados, mediante a políticas públicas, como ambientes que tenham funcionamento integral e distribuam refeições completas diariamente aos grupos em situação de vulnerabilidade social. Tal ação terá como finalidade amenizar a insegurança alimentar no Brasil. Dessarte, à luz da perspectiva de Saramago, será crível mitigar a cegueira moral que permeia a questão.
Comentários
Texto não corrigido
COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
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COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
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COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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