Meu nome é Diana e sou da Colômbia. Hoje irei falar da viagem ao Rio de Janeiro, no Brasil, que acabei de fazer. Decidi viajar para o Brasil porque eu sou escritora e acabei de publicar um livro. Desde a publicação, estava me sentindo perdida, procurando me auto descobrir e ter um tempo para mim mesma.

A duração da minha viagem foi de 6 dias e achei que foi o tempo perfeito! Nem de mais e nem de menos. Fui sozinha para ter um momento apenas comigo.

Na noite anterior à viagem eu nem conseguia dormir de tanta ansiedade. Desembarquei no dia 15 de agosto e não estava acreditando que aquilo era real. Fiquei no Brasil até o dia 21 do mesmo mês. Durante a viagem, a temperatura variou entre 20 a 27°C. Ao longo do dia fazia sol e à noite era fresco. Diante dessas condições, levei roupas para o calor, mas também algo mais quentinho para as noites. Diferente do Rio de Janeiro, que tem um clima tropical úmido, a cidade de Bogotá tem um clima temperado, com temperaturas médias entre 10°C e 20°C, chovendo bastante. Acabei tendo algumas dificuldades de me adaptar ao clima nos primeiros dias, mas logo consegui me acomodar.

Eu fiquei hospedada na zona sul, no Ipanema Beach House. Era um hotel simples, porém econômico e estava no centro da cidade, o que facilitou ir a lugares de táxi em poucos minutos!

Durante a minha estadia, fui a pontos turísticos incríveis! Visitei a famosa praia de Copacabana, que virou meu lugar preferido. Ficar lá deitada em uma espreguiçadeira, tomando uma bebida típica do Brasil, a caipirinha, enquanto refletia e escutava o barulho das ondas quebrando que me deixava em uma espécie de transe, junto com a risada das pessoas ao meu redor, deixando tudo mais acolhedor. Também fui à praia de Ipanema e tive a oportunidade de ver um pôr do sol lindo que me deixou emocionada. Tudo era tão belo que parecia ser uma pintura e eu só queria ficar olhando aquele céu pra sempre.

Durante a tarde, visitei o Jardim Botânico e admirei a beleza única de cada flor. Tirei muitas fotos e apreciei todas aquelas cores. Fiquei encantada com uma flor chamada Ipê Amarelo, que eu nunca tinha visto na Colômbia, pois é uma flor nativa do Brasil. O cheiro do jardim de flores era delicioso. À noite jantei nos melhores restaurantes à beira-mar e provei as deliciosas comidas típicas, como a feijoada e o caldo de camarão. Achei muito interessante que na culinária brasileira é mais popular a carne bovina, já na colombiana a carne de porco se destaca. A comida que mais gostei foi a feijoada. Ela era uma explosão de sabores. Se eu tivesse que denominar o Brasil com uma comida, com certeza seria a feijoada.

No último dia fui ao centro histórico, que não ficava muito longe do meu hotel e visitei o Museu do Amanhã, onde me impressionei com as demonstrações das perspectivas do futuro! Uma exposição que me chamou atenção foi o Cosmos, um filme exibido em 360° que aborda a visão de que somos feitos da mesma matéria que as estrelas. Essa experiência me deixou pensativa e fez eu me perguntar: como cheguei até aqui.

Tive algumas dificuldades para me adaptar à língua do país (mesmo já tendo feito um curso de português), como, por exemplo, quando eu estava na praia e ao ver uma bela mulher, a elogiei usando a palavra "rapariga", sem perceber que em português tem um significado negativo. Eu vi a confusão em seu rosto e expliquei que no meu país essa palavra é um elogio. Ela me tranquilizou, explicando o que significava em português e nós ficamos conversando. Até aprendi com a mulher a gíria "papo reto", que significa que está sendo direto ou sincero. Também fui enganada por um vendedor que vendia milho e cobrou mais caro de mim, porque percebeu que eu era turista. Me senti burra pelo resto do dia, pois só fui me dar conta horas depois, mas, apesar disso, a viagem foi única e inesquecível. A vibração dos brasileiros não é muito diferente da dos colombianos, pois ambos são povos calorosos, acolhedores e sorridentes, o que fez eu me sentir esperançosa. Foi tudo magnífico! Aquela angústia que estava sentindo desapareceu e eu me senti aliviada, livre e calma. Encontrei equilíbrio e um novo sentido à vida.

Ao longo da viagem, fiz muitas coisas que não costumo fazer no meu país, como jogar altinha, fazer marquinha de sol e pegar conchinhas da praia. Pensando bem, eu acho que seria uma boa brasileira. Aproveitei para comprar muitas coisas que não tem no meu país, como roupas diferentes e super estampadas, comidas típicas, como pé de moleque. Comprei também alguns enfeites para minha casa, pois sempre que olhar para eles lembrarei deste momento.

Na hora de retornar à Colômbia, a ficha não estava caindo de que eu iria embora daquele país incrível e a tristeza invadiu meu coração. Eu odiei ter que voltar para casa, pois eu já havia me apaixonado pelo Rio de Janeiro, mas, apesar disso, senti que havia encontrado paz e tranquilidade e que meu objetivo com aquela viagem tinha sido cumprido. Senti que já estava pronta para me despedir. Essa viagem me ensinou a aproveitar cada momento sem ter medo de me perder. Cada passo foi mágico, desde o primeiro segundo em terra brasileira.