O homen é o lobo do próprio homen" frase presente no livro o leviatã, escrito por Thomas Hobbes, evidencia a capacidade humana de destruir e ferir a própria espécie. Tal fato, impulsionado pelo racismo estrutural e pela ineficácia estatal principalmente no âmbito educacional, se tornam desafios na luta para a valorização da herança africana no Brasil.
Em primeira análise, se faz necessário salientar que o racismo está presente no Brasil desde a colonização portuguêsa. Período no qual os povos africanos foram tratados como uma raça inferior, havendo uma tentativa de apagamento das suas culturas. O resultado de séculos de repreensão cultural ainda se faz presente por meio do racismo contra diversas pessoas, como o recente caso no qual a cantora Iza sofreu diversas ofensas em suas redes sociais, por manter seu cabelo volumoso e cacheado.
Outrossim, em segunda análise, é importante que haja o conhecimento de que o estado tem o dever de prover a todos uma educação de qualidade, garantida pela constituição federal de 1988. Dever este que não tem sido realizado quando se observa que há pouquissimas instituições de ensino que garantam aos jovens um maior conhecimento sobre sua herança africana e sua ancestralidade, informações extremamente importantes na formação social do individuo.
Por fim, não há dúvidas de que são necessárias mudanças que garantam a valorização da herança africana no Brasil. Para que isso ocorra é preciso que haja uma ação conjunta do ministério da educação com o ministério da justiça, para além de implementar campanhas que discorram sobre a herança africana e o racismo em escolas públicas, tambem sejam investigados e punidos quaisquer crimes de cunho racista. Assim garantindo os direitos descritos na constituição, e tornando a sociedade brasileira um lugar pluralista e que respeita diversas culturas.