" A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça a justiça em todos os lugares". A afirmação do Luther King pode ser aplicada no que tange a luta pela representatividade feminina na política, uma vez que é notado a pouca participação. Assim, tal realidade é alicerçada na desigualdade vivenciada pelas mulheres ao longo da história. Dessa maneira, soma-se a esse fator central uma sociedade formada no patriarcalismo e a pouca representatividade.
Em primeira análise, é notório apontar que o patriarcado, somado com a falta de igualdade entre os gêneros, reforça a dificuldade sentida no cenário político pelas mulheres. Com efeito, esse problema é originado no sentimento de superioridade sentido por muitos homens. E, por sua vez, como resultado é gerado a inferioridade do sexo feminino, já que são classificados de maneira errônea como " sexo frágil".
Ademais, vale ressaltar que o pouco destaque feminino, ligado a pouca equidade, perpétua um cenário de constante busca pelo acesso de cargos de maior prestígio. Efetivamente, a razão desse problema está justamente na violência de gênero na política. Logo, um exemplo dessa realidade é a série " Lista Negra" já que demonstra uma das personagens sendo vítimas de ataques por consequência do seu gênero, enquanto de candidata no período político, um cenário comum na realidade brasileira, firmando um mundo marcado pelo retrocesso.
Em suma, diante desse contexto, vale reafirmar que faz-se fundamental o combate da desigualdade de gênero. Portanto, compete ao Ministério das Comunicações e dos Direitos Humanos promover um debate democrático, através dos veículos de comunicação com o intuito de conscientizar os telespectadores sobre a importância de mudar o atual cenário político. Além dos mais, deve-de criar um fundo exclusivamente para as mulheres que querem participar de eleições, a fim de evitar que sejam utilizadas como "objeto" apenas para cobrir a cota, sem um real apoio.