De acordo com Foucault e Deleuze, a ciência está relacionada ao saber, que por sua vez está relacionado ao poder. Esse saber-poder disciplina o comportamento das pessoas, e com base nele muitas decisões são tomadas. Contudo, a fala do cientista vem perdendo credibilidade, dada a imensa quantidade de informações disponível atualmente, e como consequência, movimentos como os antivacinistas vêm ganhando força. Diante disto, cabe a análise de medidas que visem o fortalecimento da ciência, de maneira a evitar que tais movimentos sejam disseminados.
A palavra ciência, etimologicamente, significa conhecimento, ou seja, é o campo da atividade humana que se dedica à construção de um conhecimento sistemático e seguro sobre os fenômenos de diversas áreas do saber. Todo o procedimento científico é pautado em estudo de hipóteses, experimentação, verificação e análise de resultados, enfim, todas as verificações consideradas necessárias antes de ser difundido e aplicado efetivamente. Tal método cientifico também é utilizado para a fabricação de vacinas. Antes de serem amplamente distribuídas à população, as vacinas são estudadas, testadas, passam por diversas experimentações e testes, e, somente após aprovação em todas as fases, serão efetivamente utilizadas.
No entanto, ainda que amplamente esclarecido, o método científico aplicado à fabricação de vacinas, sua segurança e eficácia comprovada ao longo dos anos, é crescente o movimento antivacinista na sociedade. Tal fato pode ser explicado pela gigantesca quantidade de informações disponíveis na internet, as quais não possuem, na imensa maioria das vezes, nenhum embasamento ou experimentação que as sustente. Baseadas em senso comum, por vezes fomentado por informações enganosas, as pessoas creem que a melhor decisão para elas será não confiar no que é dito pela ciência.
Vale ressaltar que o senso comum é tão importante quanto o conhecimento científico, um não anulando o outro. Contudo, há que se ter cuidado, especialmente quando a pauta é saúde pública, como acontece no caso das vacinas. As consequências do movimento antivacinista são coletivas, uma vez que deixam exposta parte da população a doenças já erradicadas no passado, as quais terão, a partir de tal brecha, potencial para se fortalecer, pondo em risco a população no geral.
Por fim, partindo do princípio que todo ser humano é dotado de liberdade de escolha, conclui-se que a solução para tal problema está estritamente relacionada ao incentivo ao conhecimento. Eventos sobre a importância da vacinação, publicidades positivas a este respeito e, principalmente, prevenção à disseminação de notícias falsas se configuram como possíveis aliados no combate à crescente ascensão de movimentos antivacinistas.


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