Na obra “Utopia”, de Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual é livre de conflitos e mazelas. No entanto, fora da ficção, a realidade contemporânea é distante disso, os desafios para a valorização da herança africana no Brasil, torna isso evidente. Certamente, a negligência governamental e desingualdade social são fatores que favorecem esse quadro.
Percebe-se, à princípio, que o descaso estatal possui íntima relação com o revés. Nesse contexto, de acordo com o filósofo John Locke, configura-se quebra do contrato social, já que o Estado não cumpre com sua função de garantir que todos desfrutem dos seus direitos. Na obra “o cidadão de papel”, Gilbert Demenstein aborda o assunto de que ás leis estão em campo teórico e não pratico, ao ver cidadãos não assegurados pela Constituição Federal de 1988, o seu artigo 5° garante que todos são iguais perante a lei, sem discriminação, fortalece o argumento do jornalista brasileiro Gilbert Demenstein.
Ressalta-se, ademais, a ausência da valorização das culturas brasileiras, o escritor Ariano Suassuna diz que existe no Brasil dois países destintos: os que são previlegiados e os que são despossuídos. À débil ação pública e a insuficiência de legislação, torna isso verídico. Dessa forma, é inadmissível que esse cenário continue a pendurar.
Infere-se, portanto, urgentemente a necessidade de combater essa problemática no Brasil. Logo, cabe ao governo efetivar ás leis, criar campanhas, projetos e programas sociais. Afim de trazer suporte social e conscientização por meio das mídias, enfatizando a importância das culturas. Por conseguinte, teremos uma sociedade mais próxima de “Utopia” consolidada.