- 21 Jul 2023, 18:10
#119499
Meu professor de Filosofia do ensino médio dizia que as pessoas são o que elas fazem. A assertiva pode ser associada à frase muito conhecida de Jesus: "Conhece-se a árvore pelos frutos." A proposição somos o que fazemos dá todo um sentido histórico à cultura, que não é somente sobre palavras ou discursos bonitos nas campanhas eleitorais, mas também sobre práticas no mundo real que acabam sendo validadas.
O Filósofo americano Jonh Dewey defendia que os valores são estabelecidos a partir da prática. É relevante perguntarmos se nossas práticas endossam as coisas que dizemos por aí. Cresci em um bairro muito pobre. Mal tínhamos televisão e acesso à informação. Havia um xará e éramos diferenciados como branco (embora hoje eu me ache pardo) e preto. Na ingenuidade da nossa infância era só para identificar mesmo. Não me recordo de qualquer outra implicação. Ô Alex! Qual? O branco. Só fui ouvir sobre Apartheid e estatísticas do IBGE no nível médio, mas antes já registrava entre os adultos falas do tipo: coisa de preto. Nunca ouvi dizerem coisa de branco.
Quando ficamos adultos e tivemos filhos vi meu colega Alex preto mudar. Agora, as piadas de adulto o agrediam. Não só isso, mas ele relatou que percebia uma certa animosidade das pessoas. Precisava engajar-se na luta por respeito em consideração ao bem dos filhos. Tomadas de atitude têm contrapartidas e o que guia os valores são muito mais as ações.
Michael Jordan privilegiou o lucro dos patrocinadores, já Vini Jr. a causa do preconceito racial. Sendo dois ícones do esporte, o efeito de suas ações tem um poder de influência considerável. Viny Jr. não titubeou diante da escolha e defendeu de peito aberto o combate à discriminação racial. Abraçou a coragem e a defesa da própria integridade. É importante ver que milhares de crianças que o têm por ídolo podem encontrar nele a validação que precisam.
Afinal, eu acho que meu amigo precisa mesmo encorajar o filho e não apenas com discursos. Deve ensinar a ele seus direitos e fortalecê-lo emocionalmente. A ação nem sempre precisa ser direta e midiática, até porque não dá pra saber o que se passa pela cabeça dos agressores. Ela pode acontecer de forma bem mais sutil de maneira que, cumulativamente, resulte em outras ações mais efetivas. Se a força da lei não for aplicada pelos que podem dedicar tempo a ela, pobres de nós que muitas vezes mal a conhecemos.
O Filósofo americano Jonh Dewey defendia que os valores são estabelecidos a partir da prática. É relevante perguntarmos se nossas práticas endossam as coisas que dizemos por aí. Cresci em um bairro muito pobre. Mal tínhamos televisão e acesso à informação. Havia um xará e éramos diferenciados como branco (embora hoje eu me ache pardo) e preto. Na ingenuidade da nossa infância era só para identificar mesmo. Não me recordo de qualquer outra implicação. Ô Alex! Qual? O branco. Só fui ouvir sobre Apartheid e estatísticas do IBGE no nível médio, mas antes já registrava entre os adultos falas do tipo: coisa de preto. Nunca ouvi dizerem coisa de branco.
Quando ficamos adultos e tivemos filhos vi meu colega Alex preto mudar. Agora, as piadas de adulto o agrediam. Não só isso, mas ele relatou que percebia uma certa animosidade das pessoas. Precisava engajar-se na luta por respeito em consideração ao bem dos filhos. Tomadas de atitude têm contrapartidas e o que guia os valores são muito mais as ações.
Michael Jordan privilegiou o lucro dos patrocinadores, já Vini Jr. a causa do preconceito racial. Sendo dois ícones do esporte, o efeito de suas ações tem um poder de influência considerável. Viny Jr. não titubeou diante da escolha e defendeu de peito aberto o combate à discriminação racial. Abraçou a coragem e a defesa da própria integridade. É importante ver que milhares de crianças que o têm por ídolo podem encontrar nele a validação que precisam.
Afinal, eu acho que meu amigo precisa mesmo encorajar o filho e não apenas com discursos. Deve ensinar a ele seus direitos e fortalecê-lo emocionalmente. A ação nem sempre precisa ser direta e midiática, até porque não dá pra saber o que se passa pela cabeça dos agressores. Ela pode acontecer de forma bem mais sutil de maneira que, cumulativamente, resulte em outras ações mais efetivas. Se a força da lei não for aplicada pelos que podem dedicar tempo a ela, pobres de nós que muitas vezes mal a conhecemos.