De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman "nenhuma sociedade que esquecer a arte de questionar deve esperar encontrar resposta para resolver os problemas que a afligem". A partir dessa máxima, contextualiza-se a necessidade de não negligenciar a evasão escolar no Brasil, visto que, no raciocínio do autor os problemas devem ser discutidos e não silenciados. Nesse contexto, torna-se imprescindível analisar as causas e consequências do tema, considerando, a negligência governamental, e a desigualdade social.

Em primeira análise, deve-se ressaltar que a evasão escolar é um problema que aflige a sociedade brasileira. Segundo o filósofo italiano Norberto Bobbio, em sua obra "Dicionário de Política" o estado deve cumprir o seu papel de mantenedor dos direitos sociais dos indivíduos. Diante de tal exposto, observa-se que o governo deve interferir e procurar soluções para resolver os problemas da sociedade e não negligenciá-lo. Diante desse cenário, observa-se que o pensamento de Bobbio, não se aplica ao governo brasileiro.

Ademais, a desigualdade social é um impasse para a resolução do problema, tendo em vista que os jovens que vivem em situação de vulnerabilidade, são os mais afetados, pois muitos não têm condições de continuar estudando, e com isso acabam abandonando o meio acadêmico para contribuir com a renda familiar. Diante de tal exposto, torna-se evidente que a desigualdade social contribui para a evasão escolar.

Depreende-se, portanto, a necessidade de encontrar soluções para o problema. Desse modo, cabe ao governo federal, por meio do ministério da educação, implementar campanhas e palestras, a fim de informar sobre a importância de terminar os estudos e não abandonar a escola. Cabe também, ao governo federal, oferecer apoio aos estudantes de baixa renda, através de programas sociais. Assim a evasão escolar, diminuirá no Brasil.