No século XVI, a obra "Utopia", de Thomas More, projetou uma sociedade perfeita, a qual se configurava pela ausência de conflitos e problemas. Apesar de publicada há mais de quatro séculos, nota-se que tal projeção não rompeu o plano literal,especialmente, se considerarmos temas tão basilares como o aumento da evasão escolar, que continuam latentes no Brasil. Esse panorama lamentável encontra justificativa na negligência estatal e na desigualdade social. Desse modo, faz-se necessário o estudo desse cenário em busca de possiveis soluções.
Nessa linha de raciocínio, é pertinente considerar que a evasão escolar deriva da baixa atuação estatal, no que concerne na criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. A respeito disso, de acordo com o filósofo John Locke, configura-se como o rompimento do Contrato Social, ja que o Estado não cumpre com sua função de garantir que todos desfrutem de seus direitos. Sendo assim, ao longo do processo histórico Brasileiro, existem grupos historicamente excluídos da sociedade, como estudantes negros, deficientes e parte da comunidade LGBTQIAP+, que acabam por não serem incluidos em atividades em sala de aula, ações essas propagadas por grande parcela dos setores governamentais.
Tais fatos levam á situação de vunerabilidade em que diversos alunos estão inseridos, como impulsionadora do problema. Nesse contexto, segundo o escritor Ariano Suassuna, o Brasil é dividido em dois paises distintos: o país dos privilegiados e o país dos despossuidos. Sob esse viés, grande parte desses estudantes vivem em condições precárias, muitas das vezes não tendo como se deslocar até a escola, ou precisando ter que trabalhar para ajudar a familia, deixando os estudos para segundo plano, aumentando cada vez mais a evasão escolar.
Infere-se, portanto, a implementação de medidas para resolver a problematica. Logo, cabe ao Governo Federal- haja vista ser provedor de políticas públicas- deve investir em educação , por meio de leís mais rígidas e projetos sociais, que visem a diminuição da evasão escolar, com a finalidade de melhorar as condições educacionais e vida dos alunos, para que não sejam forçados a abandonar as escolas. Por conseguinte, uma sociedade mais próxima da que é citada em "Utopia" será consolidada.