- 11 Set 2023, 09:26
#121776
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN; BRASIL, 1996) estabelece que a Educação Física (EF), integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório. Na Base Nacional Comum Curricular (BNCC; BRASIL, 2018) são estipulados como conteúdos desta disciplina para a educação básica os esportes, as brincadeiras, as danças, as ginásticas, as lutas e as práticas corporais de aventura. Assim, o objetivo deste texto é discorrer acerca do basquetebol na Educação Física escolar, seus objetivos e sequencialidade no Ensino Fundamental (EnF) e Médio (EM). Deste modo, a redação será dividida em três partes: primeiramente serão apresentados os conceitos iniciais sobre o EnF e o EM e sua relação com o basquete conforme a BNCC; na sequência será descrito o aprofundamento teórico, tecendo relações entre os objetivos e sequencialidade no EnF e EM do trabalho com o esporte basquete; e, por fim, serão realizadas as considerações finais sobre o tema.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), o Ensino Fundamental é obrigatório, com duração de nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão. O Ensino Fundamental é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Atualmente, como é verificado na BNCC (BRASIL, 2018), divide-se em Anos Iniciais (1º a 5º ano) e Anos Finais (6º a 9º ano). Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros.
Já o Ensino Médio é compreendido como a última etapa da educação básica, com duração de três anos, para adolescentes entre 15 e 17 anos, que concluíram o Ensino Fundamental. Nesse período tem-se como objetivos: a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos nos anos anteriores; a preparação básica para o trabalho e a cidadania; formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina (BRASIL, 1996). Segundo Oliveira et al. (2018), corroborando o documento supracitado, nesta etapa as aulas de EF devem promover aprofundamento e consolidação das aprendizagens, além da complexificação dos conteúdos.
Na BNCC a EF é o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. A unidade temática Esportes reúne tanto as manifestações mais formais dessa prática quanto as derivadas. O esporte caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos, regido por um conjunto de regras formais, institucionalizadas por organizações, as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das modalidades em todos os níveis de competição (BRASIL, 2018).
Ao estruturar essa unidade temática, se utilizou um modelo de classificação baseado na lógica interna de Gonzalez e Fraga (2012), tendo como referência os critérios de cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação. Com base nisso, são apresentadas sete categorias de esportes: Marca, Precisão, Técnico-combinatório, Campo e taco, Invasão ou territorial, Combate e Rede/quadra dividida ou parede de rebote (BRASIL, 2018).
Tendo em vista essa divisão, o basquetebol se enquadra como um esporte de invasão. Nessas modalidades esportivas, conforme Gonzalez e Fraga (2012) as equipes tentam ocupar o setor da quadra/campo defendido pelo adversário para marcar pontos (cesta), ao mesmo tempo em que têm que proteger a própria meta. Esta categoria reúne um conjunto esportes mais populares como o futebol, futsal, futebol americano, basquetebol, handebol e muitos outros que não são tão populares como o floorball, frisbee, hóquei na grama, lacrosse, polo aquático, rúgbi etc. (GONZÁLEZ; DARIDO; OLIVEIRA, 2017).
Deste modo, o trabalho com o basquete pode contribuir para o desenvolvimento do indivíduo, sendo este um de seus objetivos. Santos e Moreira (2020) colocam que esta prática como catalisadora do desenvolvimento da coordenação motora das crianças, em conjunto com aspectos psicomotores, auxiliando no aprendizado da modalidade esportiva, e no aprimoramento das capacidades físicas e motoras possibilitando um agir-pensar com lógica e critério, auxiliando no desenvolvimento escolar. Portanto, a prática do basquete nas aulas de EF promove benefícios para as crianças e adolescentes.
A escola tem como dever garantir o acesso à diversas práticas culturais aos alunos, proporcionando a prática, o conhecimento e a compreensão sobre essas manifestações culturais em sua vida e sua influência nas questões sociais e de seu entorno (BRASIL, 2018). Assim, pensando na continuidade dos conteúdos a serem desenvolvidos desde o EnF até o EM a respeito do basquete, bem como dos demais esportes, é necessário que o professor crie objetivos e desenvolva uma sequência lógica dos conteúdos.
Na BNCC (BRASIL, 2018) o basquete segundo o quadro organizador, pode ser trabalhado do 3º ao 5º ano nos objetos de conhecimento esportes de invasão. Pensando nos Anos Iniciais, cujo objetivo é desenvolver nos alunos a experimentação e fruição de diversos tipos de esportes, a identificação de seus elementos comuns, criação de estratégias individuais e coletivas básicas para sua execução, e a diferenciação dos conceitos de jogo e esporte, o professor deve considerar aprendizagens de diferentes naturezas, rompendo com o paradigma de que educação física se limita à prática. A prática é um elemento importante, mas não pode ser descontextualizada de conhecimentos teóricos, mesmo nos anos iniciais da EFE (BRASIL, 2018).
As aulas de EF, segundo González e Fraga (2012), devem explorar os conhecimentos: conceituais e cognitivos, que envolvem saberes, informações e estratégias; motores e procedimentais relacionados a saber fazer determinados gestos motores; atitudinais que envolvem os valores e normas éticas e morais, que permitem a prática esportiva de maneira justa, ética e igualitária.
Para esta modalidade, os conhecimentos procedimentais, são muito importantes porque estimulam as habilidades motoras básicas, como arremessar, passar e driblar, assim como as habilidades coordenativas, habilidades especializadas e coordenação motora (SILVEIRA et al., 2021). Por exemplo, no basquete tem-se drible, arremesso, passe, rebote e controle de bola como fundamentos básicos. As atividades lúdicas em forma de brincadeiras e pequenos jogos podem contribuir para desenvolver nas crianças as capacidades físicas necessárias ao esporte (CORRÊA, 2022).
Nos Anos Iniciais, o ensino dos esportes deve ocorrer de forma lúdica, por meio de jogos e brincadeiras, para que os educandos possam assimilar os conhecimentos, sendo um de seus objetivos. Nesse sentido, o professor pode trabalhar com o basquete aplicando jogos e brincadeiras. Corrêa (2022) e Paes (1989) propõe que nos Anos Iniciais do EnF o ensino do basquete deve se dar por atividades lúdicas, oportunizando o ensino das técnicas, estimulando o pensamento tático, considerando os princípios educativos através dos jogos e brincadeiras. Como conteúdo tem-se domínio do corpo, a manipulação da bola, o drible, a recepção e os passes, sempre aliados as leituras do que acontece no jogo, podendo utilizar-se do jogo como principal método para a aprendizagem. Os espaços podem ser reduzidos, para adequar as capacidades físicas das crianças e os alvos podem ser menores, os aros podem ser baixados (PAES, 2001).
Para alunos de 3º a 5º ano, o professor pode apresentar o jogo formal, contudo pode haver dificuldades por parte dos alunos. É recomendado, que, devido às características do basquete, sejam realizadas adaptações, deixando as atividades mais atrativas. Podem ser realizadas modificações quanto ao espaço, utilização de implementos, número de jogadores, bolas de diferentes tamanhos ou balões, mudanças nas regras, como a adição de uma quicada da bola, entre outras. Essas alterações reduzem a complexidade da tarefa, promovem maior motivação, engajamento e participação o que facilitará a aprendizagem (SILVEIRA et al., 2021). Uma possibilidade de adaptação, pode ser a de trabalhar com o basquete 3x3 para que possam se movimentar mais, realizar mais fundamentos e a manter por maior tempo a posse de bola.
O professor pode trabalhar também com estafetas, que irão estimular o desenvolvimento das habilidades motoras básicas e dos fundamentos do esporte, além de serem mais simples e motivantes (GONZÁLEZ; DARIDO; OLIVEIRA, 2017). Os alunos posicionados em filas, deverão quicar a bola, até um cone; assim que o primeiro da fila voltar, deverá passar a bola para o próximo com um passe de peito. Essa é uma atividade simples e que pode ser utilizada para iniciar as atividades do basquete no 3º ano, por exemplo.
Pode ser proposto ainda, outras atividades de fácil compreensão para a aprendizagem dos fundamentos, tais quais andar pela quadra livres e bater de bola, para que reconheçam o implemento, tamanho e controle da bola. Na sequência, os alunos podem praticar o arremesso e o passe, visto que irão trabalhar a coordenação e permitirão conhecer o tempo de bola. Inicialmente, na prática do drible, como adaptação é possível permitir quicar mais vezes a bola, enquanto caminham ou correm, ou até mesmo permitir andar com a bola sem quicar (DIEHL, 2006; CAMPEÃO, 2010).
O conhecimento conceitual também deve ser trabalhado. Nesta etapa do EnF o professor pode tratar do histórico, os componentes da modalidade, as formas de disputa, os principais campeonatos da modalidade, o reconhecimento de grandes atletas, NBA, entre outras informações que aumentam a compreensão sobre conceitos do esporte. Esses conteúdos podem ser trabalhados em sala de aula pelo professor com a construção de cartazes, desenhos, textos, entre outros. Pode-se discutir sobre às regras, visto que são importantes para que os alunos possam entender o que é permitido ou não dentro da ação esportiva, bem como, para que o esporte formal possa ser praticado (SILVEIRA et al., 2021). Pode-se destacar as regras sobre saque, pontuação, duração da partida, tamanho da quadra etc.
Os aspectos atitudinais devem estimular a análise e a reflexão sobre atitudes e comportamentos adotados, não só nas aulas de educação física, mas também em todo o contexto esportivo e na vida fora do ambiente escolar e esportivo. Desta maneira é possível abordar a importância das regras e sua aplicação, promover discussões a respeito de condutas inadequadas no cenário esportivo, como o repúdio contra toda e qualquer forma de violência e discriminação (GONZÁLEZ; FRAGA, 2012). O professor pode utilizar de situações que acontecem na prática, sejam elas intencionais ou não.
Na sequência, para os anos finais (6º a 9º), deve ocorrer a ampliação dos conteúdos. Como habilidades e objetivos em relação ao ensino do esporte para essa etapa têm-se: experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico), utilizar habilidades técnico-táticas básicas e identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais e coletivos, combinações táticas, sistemas de jogo e regras da modalidade praticada, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte (BRASIL, 2018).
Embora, possa ser utilizado o aspecto lúdico para o ensino do basquete nessa etapa é fundamental que ao retomar o conteúdo a respeito do basquete e relembrar com os alunos as práticas anteriores para, a partir de sua compreensão, estruturar as atividades trabalhando os conhecimentos procedimentais. Nos Anos Finais, o professor deve proporcionar novos estímulos aos alunos e para isso, pode inserir novos jogos, entendimento das partes da quadra, aprendizagem das regras básicas das modalidades. O docente indispensavelmente deve diversificar os conteúdos do basquetebol visando o desenvolvimento geral (GRECO, 1998; PAES, 2001).
Para Corrêa (2022) durante os Anos Finais compõe a fase em que os alunos podem aprender os fundamentos e sistemas táticos básicos. É importante que sejam ampliadas as atividades para que os estudantes aumentem seu vocabulário motor por intermédio de práticas variadas mais específicas da modalidade. Neste momento é essencial que a aprendizagem seja diversificada, segundo os conteúdos do basquetebol dentro de suas particularidades, acumulando o que foi vivido anteriormente (Anos Iniciais).
Assim, o resgate dos fundamentos já aprendidos é indispensável para dar continuidade na aprendizagem. Para trabalhar o controle de bola e manejo de corpo, por exemplo, pode-se solicitar que corram livremente pela quadra, conduzindo a bola, desviando dos colegas. Ao sinal do apito, devem parar bruscamente de se movimentar e passar a caminhar realizando dribles. O drible pode ser trabalhado separadamente, os alunos cada um com uma bola, devem efetuar dribles caminhando livremente pela quadra. Ao sinal do professor, devem se locomover em sentido contrário (SILVEIRA et al., 2021).
Os passes podem ser realizados em pequenos grupos, a partir de diferentes posicionamentos e organizações, por exemplo, um de frente para o outro, ao lado, atrás e assim por diante. Pode-se explorar também diversos pontos da quadra. Para os arremessos, a prática pode ocorrer em duplas para que pratiquem o arremesso um para o outro e, posteriormente, para a cesta. O rebote, pode ser trabalhado em duplas, os alunos lançam a bola para o alto e agarram no ponto mais alto que conseguirem (SILVEIRA et al., 2021).
Paes (2001) indica como conteúdos do basquete a serem trabalhados nessa fase do EnF os conceitos técnicos e táticos, nos quais devem ser contemplados, ataque, defesa, finalizações e fundamentos específicos. Para isso, o professor pode aplicar o mini basquetebol, e inserir aos poucos os elementos do jogo formal. O docente pode propor situações de jogos em escala reduzida, como 3 x 3, utilizando apenas uma tabela da quadra. Também poderá ser realizado um torneio integrativo cujo objetivo é a vivência do jogo, facilitando a realização dos fundamentos. É possível ainda, realizar jogos em que os gestos técnicos são exigidos com maior intensidade e com elementos mais complexos, como o corta-luz, fintas e jogadas combinadas em um jogo sob as regras oficiais (SILVEIRA et al., 2021).
Na dimensão conceitual, pode-se trabalhar com o conhecimento das regras, ainda que de modo simplificado (CORRÊA, 2022). Também podem ser realizadas discussões, exposições de material criados pela turma sobre o basquete. Por exemplo, o professor pode sugerir uma roda de discussões a respeito do conhecimento da modalidade, diagnosticando as vivências anteriores dos alunos. E a partir disto, contextualizar a presença do esporte nas mídias e sua relação com a cultura do Brasil, por exemplo. Levando os alunos a conhecerem mais sobre o esporte.
Na dimensão atitudinal, o docente pode trazer discussões comportamentais durante os jogos por exemplo, tratando sobre fair play, violência no esporte, entre outros. Como estratégia, ao final de cada aula, pode estimular os alunos para que expressem e compreendam o que sentiram e experimentaram durante as atividades propostas tanto em relação a si quanto ao outro. Nas aulas é possível também desenvolver atitudes como cooperação, respeito, disciplina e saber ganhar e perder.
Para o EM é preciso que ocorra o aprofundamento do conhecimento. A BNCC indica que nesta etapa seja realizada a exploração do movimento e gestualidade em práticas corporais de diferentes grupos culturais, a experimentação de novos esportes, jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e práticas corporais de aventura e a reflexão sobre essas práticas. Ademais, também deve ser trabalhada a importância de um estilo de vida ativo e saudável, a reflexão sobre as possibilidades de utilização dos espaços públicos e privados para desenvolvimento de práticas corporais, de modo a exercer sua cidadania e seu protagonismo comunitário (BRASIL, 2018).
Assim, objetiva-se que ao final do EM o aluno apresente uma compreensão aprofundada acerca das práticas corporais em sua vida e na sociedade, incluindo os fatores sociais, culturais, ideológicos, econômicos e políticos envolvidos nas práticas (BRASIL, 2018). Nesse sentido, no EM pode-se ensinar aspectos mais técnicos do basquete. Para o desenvolvimento dessa competência, é fundamental que os jovens experimentem práticas corporais acompanhadas de momentos de reflexão, leitura e produção de discursos nas diferentes linguagens.
Na dimensão procedimental podem ser contemplados conteúdos relacionados a aprendizagem e o aperfeiçoamento dos gestos técnicos básicos da modalidade; sistemas de jogo, combinações táticas simples e complexas, estratégias de jogo; criação de jogos esportivos inspirados no basquete que possibilitem um cunho lúdico às práticas esportivas; festival e/ou organização de um evento esportivo na escola desta modalidade com regras básicas e organização simples de uma competição.
Quanto ao ensino do basquete nessa fase, Corrêa (2022) indica que podem ser trabalhadas atividades no sentido de automatizar e o refinar o que foi aprendido anteriormente, além da aprendizagem de novos conteúdos. Paes (2001) sugere que além das experiências anteriores, também sejam desenvolvidas práticas com situações de jogo, transição e sistema ofensivo, bem como os exercícios, a fim de automatizar os fundamentos aprendidos.
Na dimensão conceitual pode ser fomentada a aprendizagem de conteúdos relacionados a caracterização, história (contextos políticos, históricos, culturais e sociais do basquetebol) e princípios da modalidade; esporte e ética; doping; esporte paralímpico e esportes adaptados; megaeventos esportivos e mídia. É importante que os alunos também conheçam bem as regras, suas influências, sua diversidade e suas transformações ao longo do tempo (RODRIGUES, 2009; NOBRE; LIMA, 2022). É possível ainda proporcionar discussões sobre a relação entre esporte e saúde.
E, por fim, na dimensão atitudinal, os conteúdos podem objetivar o desenvolvimento de aprendizagens relacionadas aos valores e às atitudes na busca de um agir responsável e colaborativo. Para isso, discussões aprofundadas sobre ética, mídia, preconceito, discriminação e violência, como atividades, também podem ser criados textos didáticos para o uso dos discentes e a elaboração de recursos audiovisuais que tratem das características básicas do basquete.
Portanto, ao fim do EnF é importante que os alunos tenham adquirido conhecimentos básicos do basquete. Nos Anos Iniciais, sobretudo, o ensino dos fundamentos básicos deve ser por meio de aspectos lúdicos, conhecer as modalidades (características e histórico) e conceitos básicos de ataque, defesa e regras. Para os Anos Finais, esses conhecimentos devem ser ampliados e sistematizados, assim, os alunos devem saber habilidades técnico-táticas básicas sistemas de jogo simples, ataque defesa e regras da modalidades. No EM os alunos devem ter aprendido novos gestos técnicos, além de combinações táticas simples e complexas, estratégias de jogo, isso sempre contextualizado e permeado por discussões aprofundadas de outros assuntos relacionados aos esportes.
Desse modo, o professor precisa promover oportunidades diversas para que os alunos possam interagir com seus pares e explorar um amplo repertório de movimento, de modo lúdico promovendo maior motivação durante as aulas e o aprendizado desta modalidade. A participação dos alunos na construção das aulas também deve ser considerada pelo professor, uma vez que possibilita maior engajamento nas atividades planejadas.
Isso posto, ao trabalhar com o basquete, assim como os demais esportes, é indispensável que a visão sobre o rendimento, competição e desempenho seja superada, auxiliando os alunos a ressignificar essa prática contribuindo para que criem sua própria cultura com relação ao esporte. Abordar esse conteúdo com premissas diferentes é um desafio para os professores, particularmente para a educação básica, o que exige a elaboração de novas propostas pedagógicas apropriadas ao esporte.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), o Ensino Fundamental é obrigatório, com duração de nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão. O Ensino Fundamental é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Atualmente, como é verificado na BNCC (BRASIL, 2018), divide-se em Anos Iniciais (1º a 5º ano) e Anos Finais (6º a 9º ano). Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros.
Já o Ensino Médio é compreendido como a última etapa da educação básica, com duração de três anos, para adolescentes entre 15 e 17 anos, que concluíram o Ensino Fundamental. Nesse período tem-se como objetivos: a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos nos anos anteriores; a preparação básica para o trabalho e a cidadania; formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina (BRASIL, 1996). Segundo Oliveira et al. (2018), corroborando o documento supracitado, nesta etapa as aulas de EF devem promover aprofundamento e consolidação das aprendizagens, além da complexificação dos conteúdos.
Na BNCC a EF é o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. A unidade temática Esportes reúne tanto as manifestações mais formais dessa prática quanto as derivadas. O esporte caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos, regido por um conjunto de regras formais, institucionalizadas por organizações, as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das modalidades em todos os níveis de competição (BRASIL, 2018).
Ao estruturar essa unidade temática, se utilizou um modelo de classificação baseado na lógica interna de Gonzalez e Fraga (2012), tendo como referência os critérios de cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação. Com base nisso, são apresentadas sete categorias de esportes: Marca, Precisão, Técnico-combinatório, Campo e taco, Invasão ou territorial, Combate e Rede/quadra dividida ou parede de rebote (BRASIL, 2018).
Tendo em vista essa divisão, o basquetebol se enquadra como um esporte de invasão. Nessas modalidades esportivas, conforme Gonzalez e Fraga (2012) as equipes tentam ocupar o setor da quadra/campo defendido pelo adversário para marcar pontos (cesta), ao mesmo tempo em que têm que proteger a própria meta. Esta categoria reúne um conjunto esportes mais populares como o futebol, futsal, futebol americano, basquetebol, handebol e muitos outros que não são tão populares como o floorball, frisbee, hóquei na grama, lacrosse, polo aquático, rúgbi etc. (GONZÁLEZ; DARIDO; OLIVEIRA, 2017).
Deste modo, o trabalho com o basquete pode contribuir para o desenvolvimento do indivíduo, sendo este um de seus objetivos. Santos e Moreira (2020) colocam que esta prática como catalisadora do desenvolvimento da coordenação motora das crianças, em conjunto com aspectos psicomotores, auxiliando no aprendizado da modalidade esportiva, e no aprimoramento das capacidades físicas e motoras possibilitando um agir-pensar com lógica e critério, auxiliando no desenvolvimento escolar. Portanto, a prática do basquete nas aulas de EF promove benefícios para as crianças e adolescentes.
A escola tem como dever garantir o acesso à diversas práticas culturais aos alunos, proporcionando a prática, o conhecimento e a compreensão sobre essas manifestações culturais em sua vida e sua influência nas questões sociais e de seu entorno (BRASIL, 2018). Assim, pensando na continuidade dos conteúdos a serem desenvolvidos desde o EnF até o EM a respeito do basquete, bem como dos demais esportes, é necessário que o professor crie objetivos e desenvolva uma sequência lógica dos conteúdos.
Na BNCC (BRASIL, 2018) o basquete segundo o quadro organizador, pode ser trabalhado do 3º ao 5º ano nos objetos de conhecimento esportes de invasão. Pensando nos Anos Iniciais, cujo objetivo é desenvolver nos alunos a experimentação e fruição de diversos tipos de esportes, a identificação de seus elementos comuns, criação de estratégias individuais e coletivas básicas para sua execução, e a diferenciação dos conceitos de jogo e esporte, o professor deve considerar aprendizagens de diferentes naturezas, rompendo com o paradigma de que educação física se limita à prática. A prática é um elemento importante, mas não pode ser descontextualizada de conhecimentos teóricos, mesmo nos anos iniciais da EFE (BRASIL, 2018).
As aulas de EF, segundo González e Fraga (2012), devem explorar os conhecimentos: conceituais e cognitivos, que envolvem saberes, informações e estratégias; motores e procedimentais relacionados a saber fazer determinados gestos motores; atitudinais que envolvem os valores e normas éticas e morais, que permitem a prática esportiva de maneira justa, ética e igualitária.
Para esta modalidade, os conhecimentos procedimentais, são muito importantes porque estimulam as habilidades motoras básicas, como arremessar, passar e driblar, assim como as habilidades coordenativas, habilidades especializadas e coordenação motora (SILVEIRA et al., 2021). Por exemplo, no basquete tem-se drible, arremesso, passe, rebote e controle de bola como fundamentos básicos. As atividades lúdicas em forma de brincadeiras e pequenos jogos podem contribuir para desenvolver nas crianças as capacidades físicas necessárias ao esporte (CORRÊA, 2022).
Nos Anos Iniciais, o ensino dos esportes deve ocorrer de forma lúdica, por meio de jogos e brincadeiras, para que os educandos possam assimilar os conhecimentos, sendo um de seus objetivos. Nesse sentido, o professor pode trabalhar com o basquete aplicando jogos e brincadeiras. Corrêa (2022) e Paes (1989) propõe que nos Anos Iniciais do EnF o ensino do basquete deve se dar por atividades lúdicas, oportunizando o ensino das técnicas, estimulando o pensamento tático, considerando os princípios educativos através dos jogos e brincadeiras. Como conteúdo tem-se domínio do corpo, a manipulação da bola, o drible, a recepção e os passes, sempre aliados as leituras do que acontece no jogo, podendo utilizar-se do jogo como principal método para a aprendizagem. Os espaços podem ser reduzidos, para adequar as capacidades físicas das crianças e os alvos podem ser menores, os aros podem ser baixados (PAES, 2001).
Para alunos de 3º a 5º ano, o professor pode apresentar o jogo formal, contudo pode haver dificuldades por parte dos alunos. É recomendado, que, devido às características do basquete, sejam realizadas adaptações, deixando as atividades mais atrativas. Podem ser realizadas modificações quanto ao espaço, utilização de implementos, número de jogadores, bolas de diferentes tamanhos ou balões, mudanças nas regras, como a adição de uma quicada da bola, entre outras. Essas alterações reduzem a complexidade da tarefa, promovem maior motivação, engajamento e participação o que facilitará a aprendizagem (SILVEIRA et al., 2021). Uma possibilidade de adaptação, pode ser a de trabalhar com o basquete 3x3 para que possam se movimentar mais, realizar mais fundamentos e a manter por maior tempo a posse de bola.
O professor pode trabalhar também com estafetas, que irão estimular o desenvolvimento das habilidades motoras básicas e dos fundamentos do esporte, além de serem mais simples e motivantes (GONZÁLEZ; DARIDO; OLIVEIRA, 2017). Os alunos posicionados em filas, deverão quicar a bola, até um cone; assim que o primeiro da fila voltar, deverá passar a bola para o próximo com um passe de peito. Essa é uma atividade simples e que pode ser utilizada para iniciar as atividades do basquete no 3º ano, por exemplo.
Pode ser proposto ainda, outras atividades de fácil compreensão para a aprendizagem dos fundamentos, tais quais andar pela quadra livres e bater de bola, para que reconheçam o implemento, tamanho e controle da bola. Na sequência, os alunos podem praticar o arremesso e o passe, visto que irão trabalhar a coordenação e permitirão conhecer o tempo de bola. Inicialmente, na prática do drible, como adaptação é possível permitir quicar mais vezes a bola, enquanto caminham ou correm, ou até mesmo permitir andar com a bola sem quicar (DIEHL, 2006; CAMPEÃO, 2010).
O conhecimento conceitual também deve ser trabalhado. Nesta etapa do EnF o professor pode tratar do histórico, os componentes da modalidade, as formas de disputa, os principais campeonatos da modalidade, o reconhecimento de grandes atletas, NBA, entre outras informações que aumentam a compreensão sobre conceitos do esporte. Esses conteúdos podem ser trabalhados em sala de aula pelo professor com a construção de cartazes, desenhos, textos, entre outros. Pode-se discutir sobre às regras, visto que são importantes para que os alunos possam entender o que é permitido ou não dentro da ação esportiva, bem como, para que o esporte formal possa ser praticado (SILVEIRA et al., 2021). Pode-se destacar as regras sobre saque, pontuação, duração da partida, tamanho da quadra etc.
Os aspectos atitudinais devem estimular a análise e a reflexão sobre atitudes e comportamentos adotados, não só nas aulas de educação física, mas também em todo o contexto esportivo e na vida fora do ambiente escolar e esportivo. Desta maneira é possível abordar a importância das regras e sua aplicação, promover discussões a respeito de condutas inadequadas no cenário esportivo, como o repúdio contra toda e qualquer forma de violência e discriminação (GONZÁLEZ; FRAGA, 2012). O professor pode utilizar de situações que acontecem na prática, sejam elas intencionais ou não.
Na sequência, para os anos finais (6º a 9º), deve ocorrer a ampliação dos conteúdos. Como habilidades e objetivos em relação ao ensino do esporte para essa etapa têm-se: experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico), utilizar habilidades técnico-táticas básicas e identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais e coletivos, combinações táticas, sistemas de jogo e regras da modalidade praticada, bem como diferenciar as modalidades esportivas com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte (BRASIL, 2018).
Embora, possa ser utilizado o aspecto lúdico para o ensino do basquete nessa etapa é fundamental que ao retomar o conteúdo a respeito do basquete e relembrar com os alunos as práticas anteriores para, a partir de sua compreensão, estruturar as atividades trabalhando os conhecimentos procedimentais. Nos Anos Finais, o professor deve proporcionar novos estímulos aos alunos e para isso, pode inserir novos jogos, entendimento das partes da quadra, aprendizagem das regras básicas das modalidades. O docente indispensavelmente deve diversificar os conteúdos do basquetebol visando o desenvolvimento geral (GRECO, 1998; PAES, 2001).
Para Corrêa (2022) durante os Anos Finais compõe a fase em que os alunos podem aprender os fundamentos e sistemas táticos básicos. É importante que sejam ampliadas as atividades para que os estudantes aumentem seu vocabulário motor por intermédio de práticas variadas mais específicas da modalidade. Neste momento é essencial que a aprendizagem seja diversificada, segundo os conteúdos do basquetebol dentro de suas particularidades, acumulando o que foi vivido anteriormente (Anos Iniciais).
Assim, o resgate dos fundamentos já aprendidos é indispensável para dar continuidade na aprendizagem. Para trabalhar o controle de bola e manejo de corpo, por exemplo, pode-se solicitar que corram livremente pela quadra, conduzindo a bola, desviando dos colegas. Ao sinal do apito, devem parar bruscamente de se movimentar e passar a caminhar realizando dribles. O drible pode ser trabalhado separadamente, os alunos cada um com uma bola, devem efetuar dribles caminhando livremente pela quadra. Ao sinal do professor, devem se locomover em sentido contrário (SILVEIRA et al., 2021).
Os passes podem ser realizados em pequenos grupos, a partir de diferentes posicionamentos e organizações, por exemplo, um de frente para o outro, ao lado, atrás e assim por diante. Pode-se explorar também diversos pontos da quadra. Para os arremessos, a prática pode ocorrer em duplas para que pratiquem o arremesso um para o outro e, posteriormente, para a cesta. O rebote, pode ser trabalhado em duplas, os alunos lançam a bola para o alto e agarram no ponto mais alto que conseguirem (SILVEIRA et al., 2021).
Paes (2001) indica como conteúdos do basquete a serem trabalhados nessa fase do EnF os conceitos técnicos e táticos, nos quais devem ser contemplados, ataque, defesa, finalizações e fundamentos específicos. Para isso, o professor pode aplicar o mini basquetebol, e inserir aos poucos os elementos do jogo formal. O docente pode propor situações de jogos em escala reduzida, como 3 x 3, utilizando apenas uma tabela da quadra. Também poderá ser realizado um torneio integrativo cujo objetivo é a vivência do jogo, facilitando a realização dos fundamentos. É possível ainda, realizar jogos em que os gestos técnicos são exigidos com maior intensidade e com elementos mais complexos, como o corta-luz, fintas e jogadas combinadas em um jogo sob as regras oficiais (SILVEIRA et al., 2021).
Na dimensão conceitual, pode-se trabalhar com o conhecimento das regras, ainda que de modo simplificado (CORRÊA, 2022). Também podem ser realizadas discussões, exposições de material criados pela turma sobre o basquete. Por exemplo, o professor pode sugerir uma roda de discussões a respeito do conhecimento da modalidade, diagnosticando as vivências anteriores dos alunos. E a partir disto, contextualizar a presença do esporte nas mídias e sua relação com a cultura do Brasil, por exemplo. Levando os alunos a conhecerem mais sobre o esporte.
Na dimensão atitudinal, o docente pode trazer discussões comportamentais durante os jogos por exemplo, tratando sobre fair play, violência no esporte, entre outros. Como estratégia, ao final de cada aula, pode estimular os alunos para que expressem e compreendam o que sentiram e experimentaram durante as atividades propostas tanto em relação a si quanto ao outro. Nas aulas é possível também desenvolver atitudes como cooperação, respeito, disciplina e saber ganhar e perder.
Para o EM é preciso que ocorra o aprofundamento do conhecimento. A BNCC indica que nesta etapa seja realizada a exploração do movimento e gestualidade em práticas corporais de diferentes grupos culturais, a experimentação de novos esportes, jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e práticas corporais de aventura e a reflexão sobre essas práticas. Ademais, também deve ser trabalhada a importância de um estilo de vida ativo e saudável, a reflexão sobre as possibilidades de utilização dos espaços públicos e privados para desenvolvimento de práticas corporais, de modo a exercer sua cidadania e seu protagonismo comunitário (BRASIL, 2018).
Assim, objetiva-se que ao final do EM o aluno apresente uma compreensão aprofundada acerca das práticas corporais em sua vida e na sociedade, incluindo os fatores sociais, culturais, ideológicos, econômicos e políticos envolvidos nas práticas (BRASIL, 2018). Nesse sentido, no EM pode-se ensinar aspectos mais técnicos do basquete. Para o desenvolvimento dessa competência, é fundamental que os jovens experimentem práticas corporais acompanhadas de momentos de reflexão, leitura e produção de discursos nas diferentes linguagens.
Na dimensão procedimental podem ser contemplados conteúdos relacionados a aprendizagem e o aperfeiçoamento dos gestos técnicos básicos da modalidade; sistemas de jogo, combinações táticas simples e complexas, estratégias de jogo; criação de jogos esportivos inspirados no basquete que possibilitem um cunho lúdico às práticas esportivas; festival e/ou organização de um evento esportivo na escola desta modalidade com regras básicas e organização simples de uma competição.
Quanto ao ensino do basquete nessa fase, Corrêa (2022) indica que podem ser trabalhadas atividades no sentido de automatizar e o refinar o que foi aprendido anteriormente, além da aprendizagem de novos conteúdos. Paes (2001) sugere que além das experiências anteriores, também sejam desenvolvidas práticas com situações de jogo, transição e sistema ofensivo, bem como os exercícios, a fim de automatizar os fundamentos aprendidos.
Na dimensão conceitual pode ser fomentada a aprendizagem de conteúdos relacionados a caracterização, história (contextos políticos, históricos, culturais e sociais do basquetebol) e princípios da modalidade; esporte e ética; doping; esporte paralímpico e esportes adaptados; megaeventos esportivos e mídia. É importante que os alunos também conheçam bem as regras, suas influências, sua diversidade e suas transformações ao longo do tempo (RODRIGUES, 2009; NOBRE; LIMA, 2022). É possível ainda proporcionar discussões sobre a relação entre esporte e saúde.
E, por fim, na dimensão atitudinal, os conteúdos podem objetivar o desenvolvimento de aprendizagens relacionadas aos valores e às atitudes na busca de um agir responsável e colaborativo. Para isso, discussões aprofundadas sobre ética, mídia, preconceito, discriminação e violência, como atividades, também podem ser criados textos didáticos para o uso dos discentes e a elaboração de recursos audiovisuais que tratem das características básicas do basquete.
Portanto, ao fim do EnF é importante que os alunos tenham adquirido conhecimentos básicos do basquete. Nos Anos Iniciais, sobretudo, o ensino dos fundamentos básicos deve ser por meio de aspectos lúdicos, conhecer as modalidades (características e histórico) e conceitos básicos de ataque, defesa e regras. Para os Anos Finais, esses conhecimentos devem ser ampliados e sistematizados, assim, os alunos devem saber habilidades técnico-táticas básicas sistemas de jogo simples, ataque defesa e regras da modalidades. No EM os alunos devem ter aprendido novos gestos técnicos, além de combinações táticas simples e complexas, estratégias de jogo, isso sempre contextualizado e permeado por discussões aprofundadas de outros assuntos relacionados aos esportes.
Desse modo, o professor precisa promover oportunidades diversas para que os alunos possam interagir com seus pares e explorar um amplo repertório de movimento, de modo lúdico promovendo maior motivação durante as aulas e o aprendizado desta modalidade. A participação dos alunos na construção das aulas também deve ser considerada pelo professor, uma vez que possibilita maior engajamento nas atividades planejadas.
Isso posto, ao trabalhar com o basquete, assim como os demais esportes, é indispensável que a visão sobre o rendimento, competição e desempenho seja superada, auxiliando os alunos a ressignificar essa prática contribuindo para que criem sua própria cultura com relação ao esporte. Abordar esse conteúdo com premissas diferentes é um desafio para os professores, particularmente para a educação básica, o que exige a elaboração de novas propostas pedagógicas apropriadas ao esporte.