Victor Hugo, escritor francês, em “Os Miseráveis”, argumenta que não basta acabar com os abusos, é preciso erradicar os costumes, de forma que a discriminação e a transfobia se distanciem do espaço nacional, já que se observa a persistência da discriminação contra pessoas LGBTQIA+ no Brasil. Dessa forma, são verificadas as raízes inegáveis quanto ao tema, as quais se destacam pela herança narcisista, bem como pela estrutura social brasileira.
Nessa perspectiva, cabe ressaltar, de início, a herança deixada pelo movimento nazista, a qual defende pautas em que pessoas possam se titular superiores a outras pela cor, raça ou gênero. Isso ocorre pois, segundo o filósofo Jean-Jacques Rousseau, o homem é totalmente influenciado pelo meio em que vive. A exemplo de tal problemática, o livro “O amor não é óbvio” exemplifica o preconceito exacerbado na sociedade, na qual se fazem necessárias mudanças quanto à questão discutida.
Além disso, vale salientar como causadora dessa realidade a estrutura da comunidade. Seguindo essa linha de pensamento, a segregação socioespacial — conceito geográfico — sustenta que a sociedade se encontra dividida em categorias. Entretanto, essa tese negligencia o posicionamento de Karl Marx, o qual sustenta que a luta de classes se mantém degradante e busca, a cada dia, mais poder e voz no mundo, o que urge mitigação governamental.
Evidencia-se, portanto, que medidas exequíveis sejam colocadas em prática, de forma que a discriminação e a violência contra pessoas LGBTQIA+ diminuam. Cabe ao governo, por meio do poder judiciário, sancionar leis que busquem proteger os direitos dessas pessoas. Além disso, cabe ao Estado, por intermédio das instituições de ensino, disponibilizar palestras e rodas de conversa para abordar o tema, as quais venham a solucionar o problema, como pontua o pensador.