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Por JoaoPedro72
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#134217
Karl Popper, filósofo inglês, em “Paradoxo da tolerância”, afirma que não se deve tolerar a intolerância. Entretanto, no Brasil, muitas pessoas pertencentes ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), desde as com condições mais leves às mais severas, são ridicularizadas e desvalorizadas. Nesse sentido, a mídia e a família intensificam esse grave problema, causando segregação social. Emerge-se, então, um torpe cenário, que é provocado pela má conduta midiática e familiar.

De início, os veículos comunicativos devem ser responsabilizados por esse panorama. Isso porque a mídia, geralmente, não ajuda no combate à adversidade em questão, gerando desafios trabalhistas aos autistas. O linguista Noah Chomsky, em seu livro “Manufacturing consent”, diz que a imprensa escolhe quais temas e vozes serão ampliados ou suprimidos. De fato, Chomsky está correto, afinal, as redes de comunicação, muitas vezes, por utilizarem uma lógica capitalista, ampliam os conteúdos lucrativos e suprimem os tópicos que não geram rendimentos. Associando esse pensamento à temática em discussão, ao representar autistas em novelas e programas televisivos, esses são construídos com atributos estereotipados - uma pessoa anômala e excêntrica -, já que isso gera entretenimento a uma audiência mais casual e, logo, lucro. Por outro lado, raramente há campanhas que lutem contra a estereotipação e a ridicularização desse grupo, uma vez que não há ganhos monetários. Em efeito, devido à influência da imprensa, o corpo social tende a observar, apenas, os lados negativos de um autista, ignorando todas as suas qualidades, fato o qual o afeta, por exemplo, no trabalho, em que muitos empresários não os contratam por acreditarem que eles não possuem pontos a agregar em seus serviços.

Além disso, problematiza-se a omissão parental por essa situação. Essa culpabilização é válida pois o núcleo familiar, normalmente, não efetua conversas com os menores sobre assuntos sociais, suscitando uma exclusão cruel. Émile Durkheim, sociólogo francês, argumenta que a índole do sujeito é estruturada pela família. Realmente, relacionando Émile à realidade brasileira, muitos genitores não possuem oportunidades suficientes para dialogar com os seus filhos a respeito da importância de se ter respeito às pessoas do TEA devido à sua carga horária de afazeres trabalhistas e domésticos extensos, tendo tempo, somente, para levá-los à escola e para alimentá-los. Com isso, sem um exemplo parental fundamentado, o público mirim tende a tratar colegas do espectro com ridicularizações constantes em função do seu modo de operação mais reservado e antissocial, fazendo com que esses indivíduos sofram com reveses relacionados à autoestima e, até mesmo, deteriorando, ainda mais, o seu convívio coletivo. Assim, é necessário que os pais se esforcem ao máximo para que, quando haja sobras de tempo, eles possam desenvolver a amabilidade e a consideração em seus filhos, estando à altura das ideias de Durkheim.

Portanto, a fim de combater o estigma associado ao TEA, o Estado - instituição máxima das relações de poder -, por meio de parceiras com redes midiáticas, deve realizar campanhas, em horário nobre, que conscientizem a população sobre o espectro autista. O principal foco dessas publicidades seria o âmbito familiar, demonstrando a importância de que, desde cedo, essa temática seja discutida.
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Comentários
1. Competência 1 (Norma-Padrão da Língua Portuguesa):
- O texto apresenta alguns erros gramaticais e de concordância:
- "Emerge-se, então, um torpe cenário" (Erro de voz reflexiva. O verbo "emergir" não é reflexivo, o correto seria "Emerge, então, um torpe cenário").
- "causando segregação social" (Aqui há uma leve inadequação de regência. O uso de "causando" poderia ser substituído por "provocando" ou "gerando", que são mais adequados ao contexto).
- "fato o qual o afeta" (O uso de "o qual" está inadequado. O correto seria "fato que o afeta").
- Esses erros não comprometem grandemente a compreensão do texto, mas limitam a nota máxima. Sugestão: Revisar o uso de pronomes relativos e a voz reflexiva de verbos, além de optar por expressões mais diretas.

2. Competência 2 (Compreensão da Proposta):
- O candidato compreendeu plenamente o tema e desenvolveu a redação de forma coerente e dentro dos limites do texto dissertativo-argumentativo. A estrutura está clara, com introdução, desenvolvimento e conclusão bem definidos.
- Não há necessidade de melhorias significativas aqui, pois o tema foi abordado com profundidade e os conceitos de várias áreas do conhecimento foram bem aplicados.

3. Competência 3 (Argumentação):
- A argumentação está muito bem desenvolvida, com fatos, opiniões e referências teóricas (Chomsky, Durkheim) que enriquecem o texto. O ponto de vista é claro e bem sustentado ao longo da redação.
- Sugestão: Nenhuma melhoria necessária, pois a seleção e organização dos argumentos foram apropriadas.

4. Competência 4 (Coesão e Coerência):
- A coesão textual é excelente. O candidato utilizou conectivos de maneira fluida, garantindo que as ideias fossem bem amarradas e que o texto mantivesse uma progressão lógica. A coerência interna entre os argumentos também está muito bem estabelecida.
- Sugestão: Nenhuma melhoria necessária, pois o uso de mecanismos coesivos foi adequado.

5. Competência 5 (Proposta de Intervenção):
- A proposta de intervenção está presente e bem articulada ao tema, mas carece de um detalhamento mais robusto. Embora o agente (Estado), a ação (campanhas midiáticas) e a finalidade (conscientização sobre o TEA) estejam presentes, o meio ("parceiras com redes midiáticas") poderia ser mais detalhado. A proposta de conscientização do público familiar é válida, mas faltou um aprofundamento maior sobre como essas campanhas seriam operacionalizadas.
- Sugestão: Detalhar mais o meio da intervenção, como, por exemplo, quais seriam as redes midiáticas envolvidas ou que tipo de conteúdo seria veiculado nas campanhas.

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Resumo das Sugestões:
- Revisar alguns pontos gramaticais e o uso de pronomes relativos para garantir a correção plena na Competência 1.
- Detalhar mais o meio da proposta de intervenção na Competência 5, especificando como as campanhas seriam realizadas e quais seriam os principais veículos midiáticos envolvidos.

COMPETÊNCIA 1: Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
160
COMPETÊNCIA 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
200
COMPETÊNCIA 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
200
COMPETÊNCIA 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
200
COMPETÊNCIA 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, articulada e abrangente, ainda que sem suficiente detalhamento.
160
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Por Lyh0610
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#134254
Oiê!
- Sua tese está muito bem posta e desenvolvida
-Seus desenvolvimentos condizem com o que você quer transmitir na opinião, porém achei eles longos demais, o que acabou fazendo seu texto não ter muita estrutura(digo na aparência do texto, um professor de redação disse uma vez que é muito importante manter o texto estruturado).
-Sua conclusão, ao meu ver, está completa e coerente.
-Seus repertórios fazem sentido, mas se colocasse algo além do que a maioria faz, seria legal também.
Dica: Série The Chosen que retrata os tempos de Jesus com seus discípulos, mostra um dos discípulos, Mateus, como autista. Na série, há todo um tratamento de desdém feito pelos outros discípulos por verem Mateus como diferente, mas no decorrer da história percebem o quão grande ele é e a tamanha capacidade que ele tem. (Mas isso é só uma dica de repertório)
Tbm teria a série The Good Doctor, com um autista alcançando lugares altíssimos em sua profissão, mesmo não sendo levado tão à sério e tal.
Enfim, os repertórios que você utilizou são bons, mas o Durkheim tá ficando meio coringa kkkkk, mas se tu curte coringa ok, se não, aposte em outras coisas (é só uma dica/opinião).

Resumindo, seu texto está ótimo, você escreveu muito bem e só acho que pecou um pouco nos tamanhos desproporcionais dos parágrafos, mas isso é simples de ajeitar.
Obs: não vou corrigir a gramática, pois não tenho domínio sobre isso, desculpe.
Arrasou, João Pedro, tmjj!!
JoaoPedro72 escreveu:@Lourencosg @Lyh0610 @LanaBanana @KelveSilva

Olá, pessoal! Gostaria muito que vocês corrigissem minha redação. Desde já, obrigado.
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Por JoaoPedro72
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#134280
Lyh0610 escreveu:Oiê!
- Sua tese está muito bem posta e desenvolvida
-Seus desenvolvimentos condizem com o que você quer transmitir na opinião, porém achei eles longos demais, o que acabou fazendo seu texto não ter muita estrutura(digo na aparência do texto, um professor de redação disse uma vez que é muito importante manter o texto estruturado).
-Sua conclusão, ao meu ver, está completa e coerente.
-Seus repertórios fazem sentido, mas se colocasse algo além do que a maioria faz, seria legal também.
Dica: Série The Chosen que retrata os tempos de Jesus com seus discípulos, mostra um dos discípulos, Mateus, como autista. Na série, há todo um tratamento de desdém feito pelos outros discípulos por verem Mateus como diferente, mas no decorrer da história percebem o quão grande ele é e a tamanha capacidade que ele tem. (Mas isso é só uma dica de repertório)
Tbm teria a série The Good Doctor, com um autista alcançando lugares altíssimos em sua profissão, mesmo não sendo levado tão à sério e tal.
Enfim, os repertórios que você utilizou são bons, mas o Durkheim tá ficando meio coringa kkkkk, mas se tu curte coringa ok, se não, aposte em outras coisas (é só uma dica/opinião).

Resumindo, seu texto está ótimo, você escreveu muito bem e só acho que pecou um pouco nos tamanhos desproporcionais dos parágrafos, mas isso é simples de ajeitar.
Obs: não vou corrigir a gramática, pois não tenho domínio sobre isso, desculpe.
Arrasou, João Pedro, tmjj!!
JoaoPedro72 escreveu:@Lourencosg @Lyh0610 @LanaBanana @KelveSilva

Olá, pessoal! Gostaria muito que vocês corrigissem minha redação. Desde já, obrigado.
Muito obrigado, @Lyh0610. Levarei suas críticas em consideração. Eu tento buscar repertórios mais "interessantes", mas, nesse caso, tive que usar o feijão com arroz kkkkk. Agradeço de coração.
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Por francis
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#134281
Eu tô achando que ela tá pesando MUITO a caneta da competência 1 e 5.
1
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Por JoaoPedro72
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#134282
francis escreveu:Eu tô achando que ela tá pesando MUITO a caneta da competência 1 e 5.
Sim, Francis... O senhor é o desenvolvedor e sabe como a IA funciona, mas será que tem algo a ver com ela interpretar aspectos "não suficientes" como erros concretos? Um dos erros que foram considerados na correção da C1 é, apenas, uma sugestão de vocabulário.
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Por Beeslog
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#134283
JoaoPedro72 escreveu: repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo
O texto carece de claresa, redacao ENEM é no maximo 30 linhas, vc apresentou 4 argumentos ao invez de 2 a proposta nao possui detalhamento e seu texto é cansativo de ler.mas em geral tem um bom repertorio e um bom desenvolvimento.
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Por JoaoPedro72
Tempo de Registro Quantidade de postagens Amigos
#134284
Beeslog escreveu:
JoaoPedro72 escreveu: repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo
O texto carece de claresa, redacao ENEM é no maximo 30 linhas, vc apresentou 4 argumentos ao invez de 2 a proposta nao possui detalhamento e seu texto é cansativo de ler.mas em geral tem um bom repertorio e um bom desenvolvimento.
Beleza, obrigado pela correção, @Beeslog. Só algumas dúvidas. Não entendi a questão de 4 argumentos. Eu escolhi dois, mídia e família, não? E o detalhamento do agente não contaria? Eu fiz o texto em folha e ele coube normalmente... Desde já, obrigado.
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Por besourokafka
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#134290
JoaoPedro72 escreveu:Karl Popper, filósofo inglês, em “Paradoxo da tolerância”, afirma que não se deve tolerar a intolerância. Entretanto, no Brasil, muitas pessoas pertencentes ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), desde as com condições mais leves às mais severas, são ridicularizadas e desvalorizadas. Nesse sentido, a mídia e a família intensificam esse grave problema, causando segregação social. Emerge-se, então, um torpe cenário, que é provocado pela má conduta midiática e familiar.

De início, os veículos comunicativos devem ser responsabilizados por esse panorama. Isso porque a mídia, geralmente, não ajuda no combate à adversidade em questão, gerando desafios trabalhistas aos autistas. O linguista Noah Chomsky, em seu livro “Manufacturing consent”, diz que a imprensa escolhe quais temas e vozes serão ampliados ou suprimidos. De fato, Chomsky está correto, afinal, as redes de comunicação, muitas vezes, por utilizarem uma lógica capitalista, ampliam os conteúdos lucrativos e suprimem os tópicos que não geram rendimentos. Associando esse pensamento à temática em discussão, ao representar autistas em novelas e programas televisivos, esses são construídos com atributos estereotipados - uma pessoa anômala e excêntrica -, já que isso gera entretenimento a uma audiência mais casual e, logo, lucro. Por outro lado, raramente há campanhas que lutem contra a estereotipação e a ridicularização desse grupo, uma vez que não há ganhos monetários. Em efeito, devido à influência da imprensa, o corpo social tende a observar, apenas, os lados negativos de um autista, ignorando todas as suas qualidades, fato o qual o afeta, por exemplo, no trabalho, em que muitos empresários não os contratam por acreditarem que eles não possuem pontos a agregar em seus serviços.

Além disso, problematiza-se a omissão parental por essa situação. Essa culpabilização é válida pois o núcleo familiar, normalmente, não efetua conversas com os menores sobre assuntos sociais, suscitando uma exclusão cruel. Émile Durkheim, sociólogo francês, argumenta que a índole do sujeito é estruturada pela família. Realmente, relacionando Émile à realidade brasileira, muitos genitores não possuem oportunidades suficientes para dialogar com os seus filhos a respeito da importância de se ter respeito às pessoas do TEA devido à sua carga horária de afazeres trabalhistas e domésticos extensos, tendo tempo, somente, para levá-los à escola e para alimentá-los. Com isso, sem um exemplo parental fundamentado, o público mirim tende a tratar colegas do espectro com ridicularizações constantes em função do seu modo de operação mais reservado e antissocial, fazendo com que esses indivíduos sofram com reveses relacionados à autoestima e, até mesmo, deteriorando, ainda mais, o seu convívio coletivo. Assim, é necessário que os pais se esforcem ao máximo para que, quando haja sobras de tempo, eles possam desenvolver a amabilidade e a consideração em seus filhos, estando à altura das ideias de Durkheim.

Portanto, a fim de combater o estigma associado ao TEA, o Estado - instituição máxima das relações de poder -, por meio de parceiras com redes midiáticas, deve realizar campanhas, em horário nobre, que conscientizem a população sobre o espectro autista. O principal foco dessas publicidades seria o âmbito familiar, demonstrando a importância de que, desde cedo, essa temática seja discutida.

Olá, sou apenas uma mera entusiasta que procura destrinchar pontos interessantes de redações kkkk
Tenho uma pergunta: será que o D1 poderia atingir sua nota máxima mesmo se vc não tivesse discutido, tbm, sobre a não realização de campanhas que lutem a favor dos direitos dos autistas, já que sua argumentação gira em torno da omissão midiatica, será que vc poderia ocultar o trecho "Por outro lado, raramente há campanhas que lutem contra a estereotipação e a ridicularização desse grupo, uma vez que não há ganhos monetários. " pois seu argumento não é necessariamente sobre negligência social... isso não é uma crítica, pelo contrário, só queria saber pq na redação não tem tanto tempo e espaço, para pessoas com letra grande, de abranger outro cenário na argumentação.
Em resumo:vc poderia optar por não escrever essa parte no seu texto?
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Por besourokafka
Tempo de Registro Quantidade de postagens Amigos
#134291
besourokafka escreveu:
JoaoPedro72 escreveu:Karl Popper, filósofo inglês, em “Paradoxo da tolerância”, afirma que não se deve tolerar a intolerância. Entretanto, no Brasil, muitas pessoas pertencentes ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), desde as com condições mais leves às mais severas, são ridicularizadas e desvalorizadas. Nesse sentido, a mídia e a família intensificam esse grave problema, causando segregação social. Emerge-se, então, um torpe cenário, que é provocado pela má conduta midiática e familiar.

De início, os veículos comunicativos devem ser responsabilizados por esse panorama. Isso porque a mídia, geralmente, não ajuda no combate à adversidade em questão, gerando desafios trabalhistas aos autistas. O linguista Noah Chomsky, em seu livro “Manufacturing consent”, diz que a imprensa escolhe quais temas e vozes serão ampliados ou suprimidos. De fato, Chomsky está correto, afinal, as redes de comunicação, muitas vezes, por utilizarem uma lógica capitalista, ampliam os conteúdos lucrativos e suprimem os tópicos que não geram rendimentos. Associando esse pensamento à temática em discussão, ao representar autistas em novelas e programas televisivos, esses são construídos com atributos estereotipados - uma pessoa anômala e excêntrica -, já que isso gera entretenimento a uma audiência mais casual e, logo, lucro. Por outro lado, raramente há campanhas que lutem contra a estereotipação e a ridicularização desse grupo, uma vez que não há ganhos monetários. Em efeito, devido à influência da imprensa, o corpo social tende a observar, apenas, os lados negativos de um autista, ignorando todas as suas qualidades, fato o qual o afeta, por exemplo, no trabalho, em que muitos empresários não os contratam por acreditarem que eles não possuem pontos a agregar em seus serviços.

Além disso, problematiza-se a omissão parental por essa situação. Essa culpabilização é válida pois o núcleo familiar, normalmente, não efetua conversas com os menores sobre assuntos sociais, suscitando uma exclusão cruel. Émile Durkheim, sociólogo francês, argumenta que a índole do sujeito é estruturada pela família. Realmente, relacionando Émile à realidade brasileira, muitos genitores não possuem oportunidades suficientes para dialogar com os seus filhos a respeito da importância de se ter respeito às pessoas do TEA devido à sua carga horária de afazeres trabalhistas e domésticos extensos, tendo tempo, somente, para levá-los à escola e para alimentá-los. Com isso, sem um exemplo parental fundamentado, o público mirim tende a tratar colegas do espectro com ridicularizações constantes em função do seu modo de operação mais reservado e antissocial, fazendo com que esses indivíduos sofram com reveses relacionados à autoestima e, até mesmo, deteriorando, ainda mais, o seu convívio coletivo. Assim, é necessário que os pais se esforcem ao máximo para que, quando haja sobras de tempo, eles possam desenvolver a amabilidade e a consideração em seus filhos, estando à altura das ideias de Durkheim.

Portanto, a fim de combater o estigma associado ao TEA, o Estado - instituição máxima das relações de poder -, por meio de parceiras com redes midiáticas, deve realizar campanhas, em horário nobre, que conscientizem a população sobre o espectro autista. O principal foco dessas publicidades seria o âmbito familiar, demonstrando a importância de que, desde cedo, essa temática seja discutida.

Olá, sou apenas uma mera entusiasta que procura destrinchar pontos interessantes de redações kkkk
Tenho uma pergunta: será que o D1 poderia atingir sua nota máxima mesmo se vc não tivesse discutido, tbm, sobre a não realização de campanhas que lutem a favor dos direitos dos autistas, já que sua argumentação gira em torno da omissão midiatica, será que vc poderia ocultar o trecho "Por outro lado, raramente há campanhas que lutem contra a estereotipação e a ridicularização desse grupo, uma vez que não há ganhos monetários. " pois seu argumento não é necessariamente sobre negligência social... isso não é uma crítica, pelo contrário, só queria saber pq na redação não tem tanto tempo e espaço, para pessoas com letra grande, de abranger outro cenário na argumentação.
Em resumo:vc poderia optar por não escrever essa parte no seu texto?
Ah, acabei de perceber que vc quis dizer negligência midiatica na não realização de campanhas que lutem pelos direitos dos autistas eu pensava que vc estava falando da negligência social em promover campanhas...
Mas será que se vc botasse só o primeiro exemplo de como a midia influencia na questão, como visto na amplificação de conteúdos lucrativos como representação esteriotipada de autistas em novelas e programas televisivos já não precisaria dizer, tbm, sobre a mídia não promover campanhas, não?
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