Segundo São Tomás de Aquino, justiça é dar a cada um aquilo que é seu por direito.No entanto, o convívio em sociedade obriga que os interesses individuais não se sobreponha aos interesses da coletividade,assim é evidente a necessidade de ponderação na aplicação vontades para que a sociedade seja justa e equitativa.

De início, pode-se pontuar que a justiça é a base para a harmonia social. Nesse sentido o ordenamento jurídico brasileiro tem como princípio basilar a supremacia do interesse público sobre o privado contrapondo-se à problemática,pois é necessário que as pretensões próprias não inviabilize as coletivas a fim de garantir o bem -estar social, estabelecido pela Constituição Federal, que só é atingido com o equilíbrio das vontades e com a garantia de que todos irão ser tratados de maneira igualitária, senão haverá o corrompimento do ideal democrático que rege a comunidade brasileira.

Adicionalmente, é válido salientar que a democracia representa o querer de todos.Assim, não existe caráter democrático se somente um querer se sobressai,pois conforme afirma Thomas Hobbes, o homem é o lobo do próprio homem,haja vista a natureza individualista humana, por vezes está preocupada com seus próprios desejos deixando de considerar que para eles se concretizem outros deixaram de ter seus direitos assegurar,por isso urge ressaltar que somente se efetivará esse regime governo se a equidade também existir a fim de garantir que as pessoas tenham aquilo que necessitam sem prejudicar os demais e impedir o acesso à justiça.
Portanto, é incabível a sobreposição dos interesses particulares sobre os coletivos,pois uma comunidade deve refletir os desejos da maioria para a manutenção da ordem social e a efetivação da justiça que um ideal a ser sempre perseguido