"O Crescimento econômico e a preservação ambiental são temas que se conectam, pois, apesar de parecerem diferentes, é possível conciliar ambos, desde que seja assegurada a qualidade de vida e bem-estar para as presentes e futuras gerações do planeta. Todavia, ainda existem muitos desafios a serem vencidos, dentre os quais vale destacar a visão antropocêntrica voltada ao avanço tecnológico e industrial, a que estamos submetidos de forma estrutural e organizada. A princípio, é necessário mudar como enxergamos a relação entre o Homem com a Natureza, pois, efetivamente, no século XVIII, na Europa, era difundido o Antropocentrismo, que filosoficamente, de origem greco-latina (anthropos, o homem; centricum, centrado), diz respeito à posição central da espécie humana em relação ao universo. Nessa ideia, os outros componentes do meio ambiente são considerados secundários, e sua importância é determinada pelas necessidades humanas, sendo valorizados apenas quando se tornam úteis para as atividades da espécie. Destarte, com essa forma de pensar, veria a revolução da forma como enxergamos o mundo e principalmente a ciência. Pois agora, segundo Kant, O ser humano é dotado de racionalidade e tem capacidade de criar suas próprias normas e regras, o que o diferencia das outras espécies. Sua natureza é única, e ele não deve ser considerado apenas um meio para atingir um fim. Em contrapartida, as outras espécies são classificadas como objetos, ou seja, possuem valor apenas para fins utilitários. (KANT, 1988) Nesse diapasão, a moral Kantiana parte do pressuposto de que a pessoa - ser dotado de racionalidade - jamais poderá ser usada como meio, vez que digna de respeito, de valor, enquanto as coisas teriam, no máximo, um preço. Por fim, percebe-se que é viável harmonizar o desenvolvimento econômico e a conservação do meio ambiente, no entanto, isso requer uma nova mentalidade e comportamento. Considerando a urgente responsabilidade de preservar o meio ambiente, os líderes globais devem colocar a agenda ambiental como uma prioridade, o que resultará em uma maior adesão aos acordos internacionais e na implementação de ações mais efetivas para cumprir com os compromissos assumidos."