O autor Francês Antoine De Saint-Exupéry cita em sua obra O Pequeno Príncipe a seguinte frase reflexiva: As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes. Apesar de ser uma obra ficcional, o ponto de vista do autor pode ser observado no atual cenário, onde faz-se cada vez mais presente os desafios para combater o preconceito linguístico no Brasil, criando assim uma barreira entre culturas diversas. Com isso, é imprescindível analisar como a mentalidade social e o acesso limitado à educação representam os obstáculos contra a discriminação linguística.

Em primeiro lugar, é necessário entender como a mentalidade social contribui acerca do preconceito dialético. Sabe-se que o Brasil é composto por uma extensa variação linguística onde cada região possui sotaque característico próprio, assim, a população de um território demonstra aversão à cultura oposta quando possui contato com esta, e esse desprezo se faz presente através de práticas de bullying e total exclusão social do indivíduo, trazendo assim, graves consequências para a vítima.

Em segunda análise, cabe ressaltar que os atos discriminativos devem ser relacionados ao pouco ou nenhum acesso que uma parte da sociedade possui à educação. A Constituição Federal de 1988 afirma que a educação é um direito intransferível de todo cidadão e deve ser implantada de forma igualitária. No entanto, indivíduos residentes de favelas e comunidades mais pobres têm acesso restrito ao meio educacional e, por isso, fazem maior uso da linguagem informal e de um vocabulário limitado a gírias e palavras marginalizadas por altas classes sociais.

Portanto, conclui-se que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, deve promover em Instituições Públicas, como as escolas, debates contra a discriminação, a fim de diminuir casos de preconceito linguístico. Ademais, deve-se ainda providenciar melhorias no acesso de comunidades pobres à educação, como configura a Constituição Federal.