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Por Caiunao
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#118229
A produção "Cidadanias mutiladas", do geógrafo brasileiro Milton Santos, explicita a visão de que a democracia só é, de fato, efetivada quando integra a totalidade civil. Tal conceito é aplicado no cenário das desigualdades regionais do país, o qual reflete diretamente a inexistência de uma realidade democrática, uma vez que as condições acessíveis a esses cidadãos não são igualitárias. Nesse sentido, para promover a redução dessa problemática, cabe analisar a tendência seletiva de investimento da população como principal propulsor da questão, acarretando a precariedade de serviços públicos a um significativo número de pessoas.

Diante desse cenário, é válido ressaltar o histórico costume preconceituoso da globalização como um agravante da situação, o qual é perpetuado entre a sociedade. Isso acontece porque, desde os primeiros marcos desse processo de interdependência entre as nações, surge a priorização do individualismo e da geração de lucro imediato, que ocorre em detrimento da visão de progresso coletivo. A partir disso, percebe-se que os agentes essenciais para o desenvolvimento local das regiões do Brasil _ como empresas influentes e o próprio governo _ direcionam seus investimentos apenas em áreas já favorecidas, onde destacam-se o Sul e Sudeste, negligenciando qualquer potencial e necessidade levantada pelas outras três regiões do país. Dessa maneira, à medida que parte nacional é extremamente incentivada e desenvolvida, especialmente de forma financeira, a outra se mantém retrógrada.

Por conseguinte dessa seletividade globalizada, essa estagnação de progresso imposta às áreas desvalorizadas manifesta-se na falta de garantia de uma vida digna aos habitantes das regiões. A Constituição Federal de 1988 garante, teoricamente, os direitos cidadãos inalienáveis a todos do corpo social brasileiro, assim como os serviços indispensáveis no cotidiano básico deles. Entretanto, evidencia-se, na prática, uma falha legislativa, dado que essa precariedade enfrentada nesses segmentos territoriais proporciona um deficitário oferecimento de serviços públicos, por exemplo o de saneamento básico, educação e saúde, por não serem devidamente aplicados e tratados, já que não há verba suficiente para tal na administração desses lugares.

Portanto, urgem-se medidas para aplacar esse desafio da nação. Por isso, o Ministério da Economia, contando com a parceria do Ministério Público, em razão de serem órgãos responsabilizados capazes de agir contra impasses que abrangem a economia e o bem-estar social, deve criar e aplicar regularmente o projeto "Igualdade Regional". Este programa será feito por meio de políticas públicas aprovadas no Congresso, com a função de garantir distribuição de recursos econômicos em equidade para todo o país, a fim de amenizar a tendência seletiva anticonstitucional.
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Por Caiunao
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#118230
@Felipe082 Se não for incomodo, peço que novamente corrija uma redação minha kkkkkk, essa é a mais recente, na qual eu tentei seguir todas as instruções que você me direcionou (inclusive a colocação do "onde"). Já agradeço imensamente se puder :))
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Por Felipe082
Tempo de Registro Quantidade de postagens Amigos
#118239
Oi, @Caiunao. Muito bom trabalho! :D
- O recurso coesivo "esses cidadãos" não retoma adequadamente nenhum termo.
- Na segunda frase do D1, a explicação sobre o processo de globalização não esclarece a presença do "costume preconceituoso" mencionado no tópico-frasal. Embora se tenha sustentado satisfatoriamente que surgiu uma mentalidade individualista, isso não necessariamente conduz o leitor à conclusão de que o preconceito também existe.
- A globalização é, como o próprio nome indica, um processo global, ao contrário da desigualdade entre regiões, que é nacional. Tendo isso em vista, o repertório, por si só, não se relaciona fortemente com o tema. Isso não impede o seu uso, mas aumenta a importância de se desenvolver ao máximo o vínculo entre as ideias para que elas fiquem bem "amarradas".
- O verbo "direcionar" deve ser regido pela preposição "a", e não pela preposição "em".
- O pronome relativo "onde" sempre deve se referir a um termo anterior. Nesse caso, não há nenhum que possa ser retomado adequadamente. As "áreas já favorecidas" até podem ser consideradas lugares físicos, mas retomá-las não seria correto sintaticamente. O pronome relativo "em que" transmite a mesma ideia que o "onde". Para ilustrar meu raciocínio, vou substituir este por aquele: "direcionam seus investimentos apenas a áreas já favorecidas, em que destacam-se o Sul e Sudeste". Seria como escrever que "o Sul e o Sudeste destacam-se em áreas já favorecidas", o que não faz sentido. Na verdade, "o Sul e o Sudeste destacam-se como áreas já favorecidas", ou seja, na condição de áreas já favorecidas.
- Cuidado com as generalizações, como "qualquer", "extremamente desenvolvida" e "retrógrada". Modalize.
- Na primeira frase do D2, o pronome demonstrativo "essa" foi usado duas vezes, o que não é recomendável.
- O que significa "aplicar" ou "tratar" devidamente um serviço público?
- O ENEM não penaliza o uso incorreto de pronomes demonstrativos, mas o correto, na segunda frase da conclusão, é "esse programa".
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