Na obra "Utopia", do escritor Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. Conquanto, o que se observa da realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que a desigualdade entre as regiões no Brasil ainda apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Esse cenário antagônico é fruto tanto da infraestrutura, quanto da acessibilidade a saúde de cada região brasileira. Diante disso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a baixa atuação dos setores governamentais. no que concerne à criação de maneiras que coíbam tais recorrências. Segundo Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre nas regiões brasileiras. Devido à falta de atuação das autoridades, acontece a concentração de dinheiro e poder com foco em algumas regiões que acabam beneficiando desenvolvimento do país e com isso outras regiões acabam sendo esquecidas pelo governo. Desse modo, faz-se necessário a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.
Ademais, é fundamental apontar a maneira de como a saúde é acessível em cada uma das regiões brasileiras, sendo assim, promotora do problema. Partindo desse pressuposto, de acordo com dados estatísticos sobre o Índice de Desenvolvimento Humano Brasileiro (IDH), a situação das regiões brasileiras no quesito saúde, é retratado pela variação dos dados, ou seja, não há uma regularidade, mostrando assim, a desigualdade regional nesse sentido de expectativa de vida. Tudo isso retarda a resolução desse empecilho, já que a saúde contribui para a perpetuação desse quadro deletério.
Depreende-se, portanto, medidas necessárias para conter o avanço da problemática na sociedade brasileira. Desta maneira, com o intuito de mitigar a desigualdade regional, necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), será revertido na fiscalização do desenvolvimento da educação, saúde e renda de cada região, através de uma reunião na capital Brasília com pelo menos um representante político de seu estado. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto na redução das desigualdades regionais brasileiras, e a coletividade alcançará a Utopia de More.