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Por giihlazzari
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"Angústia" de Graciliano Ramos é uma obra que utiliza simbolismo para retratar a alienação e opressão social. Através do protagonista Luís da Silva, o livro explora o desespero individual como reflexo da desigualdade social e do sistema político, destacando as angústias de uma sociedade em crise. Ao transpor a ficção e analisar a atual conjuntura brasileira, percebe-se que a obra exemplifica a realidade vivenciada no país, uma vez que a desigual distribuição da população tem aumentado e as regiões de grande carência tem sido afetada pelo descaso do poder público. Nesse contexto deve-se analisar como a negligência estatal e o silenciamento social impulsionam tal problemática, com o intuito de solucioná-la.
Diante desse cenário, nota-se a inoperância governamental como fator agravante da desigualdade no Brasil. De acordo com o geógrafo Milton Santos em seu livro "As Cidadanias Mutiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os direitos do corpo social, em sua totalidade, são homogeneamente desfrutados. Todavia, no contexto hodierno, a passividade do Estado distancia as regiões de baixa concentração de renda dos direitos constitucionalmente garantidos à medida que limitam o acesso a serviços básicos de energia elétrica, água e esgoto, coleta de lixo e a entrega de um ensino educacional de qualidade. Dessa forma enquanto a máquina pública negligenciar suas responsabilidades, o problema perdurará e os direitos dos cidadãos continuarão a ser mutilados de forma sistemática.
Ressalta-se, ademais, que a omissão da sociedade frente as disparidades expressivas entre as regiões brasileiras potencializam esse cenário. Nesse viés, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente 63% dos estados brasileiros, englobando exclusivamente as regiões Norte e Nordeste, apresentam as menores rendas domiciliares per capita, em contrapartida, 37% das unidades com maior rendimento, são as que compõem Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Diante do exposto, seguindo a lógica de Karl Marx em "Silenciamento dos discursos", alguns temas são omitidos pela sociedade, a fim de se ocultar as mazelas sociais. Em decorrência disso, apesar dos dados citados pelo instituto, a inobservância e a ausência de reinvindicações acerca da desigualdade regional, gera desinteresse público e acarreta na não solução do imbróglio.
Diante do exposto, denota- se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto cabe ao Estado - em sua função de promotor do bem-estar social- a implementação de políticas de redistribuição de renda, mediante de programas de assistencialismo para os membros da sociedade que são mais necessitados. Tal ação terá como finalidade a criação de serviços financeiros, como contas bancárias e microcrédito, que possam ajudar as pessoas a saírem da pobreza e construírem um futuro financeiramente estável. Assim, à retornar a perspectiva de Graciliano em sua obra, será possível mitigar o sentimento de angústia por um país desigual.
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