No Brasil, as desigualdades regionais representam uma grave problemática na sociedade brasileira. Tal fato se evidencia não só devido ao abismo econômico que separa as regiões mais desenvolvidas das mais carentes, como também pelas disparidades no acesso a serviços essenciais, como saúde e educação.
Diante de tal cenário, ressalta-se que, infelizmente, o modelo de desenvolvimento adotado pelo país tem acentuado essas desigualdades. Sob essa ótica, o sociólogo Milton Santos, um dos principais estudiosos do Brasil, explica que a concentração de recursos e investimentos nas grandes metrópoles contribui para a marginalização de outras regiões, como o Nordeste e o Norte. Em sua obra, Santos defende que o espaço geográfico é moldado por fatores sociais e econômicos, onde os mais pobres são sistematicamente excluídos do acesso às condições de vida dignas. Em suma, tal comportamento alarmante corrobora com atos de negligência por parte do poder público, que fere a dignidade humana dos indivíduos dessas regiões.
Além disso, a falta de infraestrutura em algumas áreas do Brasil se destaca como um dos principais obstáculos para reduzir as desigualdades regionais. Nesse viés, nota-se que a falta de investimentos em transportes, saneamento básico e educação diverge com os ideais de Gustavo Franco, economista e ex-presidente do Banco Central. Ele afirma que o desenvolvimento econômico deve ser descentralizado, promovendo uma distribuição mais equitativa dos recursos. Em síntese, afirma-se que o descaso governamental em relação ao interior do país contribui, lamentavelmente, para o perpetuamento de tal conjuntura, mantendo regiões inteiras em condições precárias.
Portanto, é notório que algo precisa ser feito para reverter o fatídico quadro atual. Nesse sentido, o governo federal deve criar projetos que incentivem a descentralização do desenvolvimento, promovendo investimentos em infraestrutura, educação e saúde para as regiões mais carentes. Tal programa deve ser divulgado por meio dos agentes de comunicação em massa, como a televisão, instrumento que atinge majoritariamente o público-alvo. Logo, apresenta-se como finalidade a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todas as regiões tenham as mesmas oportunidades de crescimento e bem-estar.