Manoel de Barros, grande poeta pós-modernista, na sua obra "Teologia do Traste", afirmou: "A importância de dar valor às questões frequentemente esquecidas ou ignoradas." O pensamento de Manoel de Barros não fica apenas no campo literário, uma vez que se assemelha á realidade vigente no Brasil, quando se trata dos desafios em reduzir as desigualdades regionais já que é um assunto visto com irrelevância, cuja problemática é inviabilizada em razão da desigualdade histórica e da ineficácia governamental. Destarte, é primordial combater as origens do revés a fim de mitigá-lo.

Nesse sentido, vale salientar a disparidade histórica como um entrave, já que é negativo para o progresso. Em 1888, após a abolição da escravatura, o nordeste sofreu com graves consequências, como a falta de infraestrutura, gerado pela ausência de reparação do governo da época. Sob essa ótica, é evidente que ao longo da história regiões como o nordeste, sofreram muitas disparidades de subsistência Básica como, educação, saúde, o que ainda é visível na realidade do país. Dessarte, pode-se dizer observando a realidade atual do país, que essa problemática é persistente. Logo, reverter a mentalidade vinda desde os tempos antigos é imprescindível para superar o entrave.

Outrossim, é a ausência de responsabilidade do governo, em relação às desigualdades regionais. Mahatma Gandhi, ativista indiano, afirmou: "Temos que nos tornar a mudança que queremos ver." Dessa forma, o futuro é o que se faz do agora; por isso, é de mera importância a atuação do governo de uma forma a ajudar a evolução das regiões brasileiras, incentivando e investindo na cultura e mão de obra local. Além disso, a ineficácia do governo é como uma barra que impede o país de progredir, visto que a escassez de infraestrutura, de educação de qualidade, permite uma contínua degradação.

Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para conferir notoriedade a problemática. Para isso, o Poder Executivo com o Ministério do Trabalho e Emprego, órgão responsável por gerenciar a economia e o trabalho do Brasil, deve criar um projeto de investimento com grandes empresas, de diversos ramos, como comida, música, investindo na infraestrutura e em pontos que se sobressaem nas regiões, como cultura e mão de obra, assim gerando uma boa economia e minimizando as disparidades, a fim de mitigar as duas problemáticas. Então, a obra "Teologia do Traste", não será uma ideia presente na sociedade.