Conforme o sociólogo Zygmunt Bauman, no seu conceito "Instituições zumbis", há instituições, como o Estado, que apesar de existirem, não conseguem cumprir sua função social. Diante disso, podemos citar a falta de investimento para políticas que teriam como foco a investigação e resolução de casos de desaparecimentos e a priorização midíatica por casos de pessoas inseridas na classe média.

Ademais, como citado no relatório nomeado de "Mapa dos desaparecidos", indica que entre os anos de 2019 e 2021, a taxa de desaparecidos no Brasil, teve um registro com o número total de 200 mil pessoas desaparecidas. Entre essas duzentas mil pessoas, adolescentes entre 12 e 17 anos representam cerca de 30% dos desaparecidos. O Estado por sua vez, com um investimento adequado para política de buscas poderia contribuir para a redução dessa taxa.

Portanto, a priorização midíatica torna-se invisíveis, perante a sociedade, caso de desaparecimento de pessoas com uma classe econômica baixa. Como exemplo disso, conseguimos citar o caso Amarildo desaparecido no ano de 2013 no estado do Rio de Janeiro, na época do seu desaparecimento, teve-se grande divulgação por parte dos meios de comunicação, mas dias depois, obteve-se um esquecimento por parte da mídia sobre seu desaparecimento. Podemos dizer que a divulgação que teve na época, foi talvez, por conta de uma pressão social.

Contudo, torna-se necessário por parte do poder Legislativo Brasileiro, o desenvolvimento de leis, com o foco e objetivo na criação de uma lei que direciona investimentos para esse tipo de caso. E também, por parte da mídia por ser um meio de comunicação muito utilizado ultimamente, torna-se necessário a criação de campanhas de pessoas desaparecidas, tanto por divulgação em redes sociais, como a implantação dessa política nas ruas também. Para só assim, o Brasil se tornar de fato um país justo.