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Por lais458
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No filme "À Procura da Felicidade", a jornada de Chris Gardner é retratada enquanto ele enfrenta grandes dificuldades para se manter e sustentar seu filho devido à falta de renda fixa, levando a uma vida cheia de dívidas. Fora da ficção, a realidade brasileira não está tão distante dessa situação, evidenciando um alto índice de endividamento da nação. Diante desse contexto, é crucial examinar os fatores que geram essa conjuntura, como a ausência da educação financeira e o consumismo.

Sob esse viés, é oportuno destacar que ausência de orientação financeira agrava o quadro de endividamento no Brasil. Segundo o filósofo italiano Norberto Bobbio, a democracia implica na garantia de condições igualitárias para que todos possam participar da vida política e social. No contexto atual de endividamento, indivíduos sobrecarregados por dívidas enfrentam restrições severas em sua participação democrática, dificultando o pleno exercício de seus direitos políticos, como o voto, na qual essa problemática é agravada pela falta de educação financeira na população, que enfrenta desafios significativos na gestão de suas finanças pessoais. Como resultado, ocorre um cenário de acumulação de dívidas que não apenas ameaça seus bens materiais, mas também compromete seus direitos civis, ampliando as desigualdades sociais e minando os princípios democráticos fundamentais.

Além disso, é válido ressaltar que o padrão de vida que os indivíduos querem não condiz com sua condição financeira. Diante dessa perspectiva, o autor polonês Zygmunt Bauman comenta sobre o consumismo com à frase: "Não se pode escapar do consumo: faz parte do seu metabolismo! O problema não é consumir, é o desejo insaciável de continuar consumindo". Por conseguinte, influências externas, como mídia e padrões sociais, promovem um modo de viver baseado no consumo excessivo, levando as pessoas a se endividarem na tentativa de alcançar um grau de bem-estar insustentável na qual elas não conseguem ter, devido à carência dos valores usados por esses indivíduos de uma condição melhor. Logo, esse cenário gera vulnerabilidades sociais e psicológicas, como aumento de distúrbios mentais e busca por alternativas informais, destacando a urgente necessidade de melhorias.

Portanto, é imprescindível implementar mudanças significativas para mitigar as contrariedades relacionadas ao endividamento no Brasil. Por isso, o Ministério da Fazenda, junto com o da Educação, deve incluir na grade curricular das escolas, disciplinas que promovam a educação financeira. Tal medida, visa preparar a comunidade para enfrentar desafios futuros sem problemas com dinheiro. Ademais, o Ministério do Planejamento, em parceria com o SEBRAE, deve realizar campanhas de orientação financeira para os cidadãos brasileiros por meio de suas plataformas sociais, tendo iniciativas de educar a população sobre os perigos do consumismo exacerbado e de como evitar armadilhas dividas no dia a dia. Assim, tais medidas visam reduzir o elevado índice de endividamento na sociedade brasileira e também promover maior inclusão social ao capacitar os cidadãos para uma gestão de finanças mais consciente e eficaz.
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