No filme “Um ato de coragem” lançado em 2002, é retratado a história de John Q. e seu
filho que precisa urgentemente de um transplante de coração. Ao longo da trama, John por
não possuir condições de pagar pela cirurgia, luta com as questões do sistema de saúde e
da doação de órgãos, a fim de encontrar um doador para o seu filho. Fora da ficção, é fato
que a realidade apresentada no filme pode ser relacionada àquela do século XXI:
gradativamente a falta de informação e a burocracia legislativa, corroboram para o entrave
na doação de órgãos no Brasil.

Diante desse cenário, é importante ressaltar a falta de informações referentes às doações
de órgãos, já que, há uma carência de conhecimento e educação sobre a importância desse
ato - bem como, sobre os procedimentos e benefícios envolvidos. Segundo Nelson
Mandela, a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo.
Assim, educar as pessoas sobre a importância de doar órgãos, é crucial para o bom
desenvolvimento da sociedade, e por vez, o salvamento de muitas vidas.

Ademais, os desafios como a burocracia envolvendo o processo de doações de órgãos, é
um dos obstáculos que complicam o transplante destes, visto em “Um ato de coragem”.
Nesse sentido, a coordenação entre diferentes unidades e a gestão da lista de espera
única, são indubitavelmente complexas e frequentemente ineficientes - desde a extração
até a transplantação dos mesmos. Conforme o site “Pensador”, a burocracia é uma
dificuldade para cada solução. Desse modo, a desordem causada por esse empecilho, não
só diminui a taxa de sucesso das doações, como também, em outras palavras, aumenta o
número de mortes. Logo, medidas significativas deverão ser tomadas para reverter a
problemática.

Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para a
conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que as emissoras de
TV, as quais são grandes formadoras de opinião da sociedade, realizem por meio de
anúncios publicitários, a fim de quebrar o tabu existente a respeito deste problema
contemporâneo. Do mesmo modo, ajudaria a aumentar as taxas de doações de órgãos no
país. Somente assim, será possível resolver o impasse, e impedir construir o mesmo mundo
construído em “Um ato de coragem” e que está sendo construído no século XXI