No filme “Fragmentado” do estúdio Universal Pictures, a história de Kevin, um homem que sofre de Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), porém, não recebe o auxílio psicológico e médico adequado para lidar com as dificuldades causadas por esse transtorno. Fora da ficção, indivíduos que possuem algum transtorno mental, têm de enfrentar estereótipos e preconceitos por parte de uma população majoritariamente excludente. Visto que, existe uma negligência educacional e social frente aos estigmas causados em decorrência de doenças mentais.
Ademais, os estigmas associados às doenças mentais são consequência da falta de amparo com estes indivíduos por parte do governo, uma vez que, são tratados com desdém frente à sociedade como um todo, acarretando em sua discrepância social. Em sua obra “Sobre a Brevidade da Vida”, o filósofo Sêneca afirma que, o preconceito não é outra coisa senão um desvio do caráter. Entretanto, é necessário entender que, apesar de haver uma divergência no tratamento moral entre “o oprimido” e “o opressor”, pensamento proposto pelo professor e filósofo Paulo Freire, não devemos deixar de levar em consideração fatores como o contexto social ao qual o indivíduo está inserido.
Portanto, urge a necessidade de problematizar a falta da fortificação de políticas públicas de amparo às pessoas com doenças mentais. Pois, é dever de Órgãos Federais como o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONADE), agir, promovendo o suporte político necessário, por meio da criação de leis de amparo aos indivíduos, para que o preconceito seja minimizado. Junto ao viés político, também torna-se necessário o combate à linguagem estigmatizante ao se referir a pessoas com doenças mentais, com foco maior nas redes sociais, a fim de chegar à população mais jovem. Dado que, o estereótipo surge quando existe o uso de expressões que buscam difamar e menosprezar pessoas à margem da sociedade.
Em suma, aplicando o conceito de uma sociedade livre, justa e solidária- prevista na Constituição Federal de 1988- podemos assegurar que, os estigmas associados às doenças mentais deverão ser minimizados, uma vez que, segundo a Constituição Federal, todo indivíduo tem direito ao respeito e a saúde, dessa forma, estaremos buscando promover a inclusão de todos os cidadãos e garantindo a igualdade de oportunidade entre todos os cidadãos dessa Nação.