Em meados do século XX, o escritor austríaco Stefan Zweig mudou-se para o Brasil devido à perseguição nazista na Europa. Bem recebido e impressionado com a nova casa, Zweig escreveu um livro ufanista cujo título é repetido até hoje: "Brasil, país do futuro". Entretanto, essa profecia ainda não se concretizou por conta dos estigmas associados a transtornos mentais, que são prejudiciais ao bem-estar dos brasileiros. Com base nesse viés, é notável que essa problemática se desenvolve devido à falta da discussão sobre saúde mental, e também, aos padrões que a sociedade impõe.
Em primeira análise, deve-se ressaltar a falta de medidas governamentais para que este tópico seja mais debatido pela sociedade. A ausência do diálogo a respeito de saúde mental pode ocasionar um estigma duradouro acerca de questões psicológicas. Isso ainda pode resultar em um acréscimo nas incidências de enfermidades mentais e ter efeito prejudicial no bem-estar pessoal e na esfera social. John Ratey já afirmava que, como o corpo, a mente também precisa de exercícios para se manter forte e saudável.
Ademais, um dos principais entraves que causam distúrbios mentais, é a busca de um padrão idealizado pela sociedade. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a principal consequência da busca por esses padrões é a depressão, atingindo 12 milhões de brasileiros. Contudo, a procura pela "vida perfeita" é prejudicial, devemos nos aceitar como humanos e ter consciência de que cada pessoa é única.
Portanto, são necessárias medidas capazes de mitigar esse quadro alarmante. Para isso, o Congresso Nacional, deve aumentar o percentual de investimento, o qual será direcionado às escolas, incluindo profissionais de saúde psicológica em suas atividades, capazes de orientar os alunos a fim dessa temática. Dessa forma, a profecia de Zweig será solidificada no Brasil, pois saúde mental torna melhor o convívio na sociedade.