A Constituição Federal de 1988, artigo 225 -norma de maior hierarquia jurídica brasileira- assegura que todo cidadão tem direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, quando se observa a deficiência de medidas na luta contra o impacto das mudanças climáticas no Brasil, verifica-se que esse preceito é constatado e na teoria e não desejavelmente, na prática. Dessa maneira, a negligência governamental e o consumismo são fatores que contribuem para tal preocupante cenário.
Nesse contexto, é importante ressaltar a ausência de ações governamentais para combater a omissão do governo. Na visão de Hannah Arendt "o pior mal é aquele que é normalizado na sociedade", assim como acontece realmente na realidade do país. Eventualmente, por causa da baixa operação das autoridades, as grandes empresas continuam produzindo em grande massa e consequentemente poluindo cada vez mais o meio ambiente, se preocupando apenas em produzir e ter um bom retorno financeiro. A OMS alerta sobre a poluição atmosférica onde 99% da população respira ar insalubre, afetando a saúde e o bem-estar das pessoas, o que contribui para a perpetuação desse quadro caótico.
Ademais, o consumismo excessivo de matéria também pode ser apontado como promotor do problema. O filme "Lorax" retrata as consequências da retirada de árvores em excesso, evidenciando como maior complicação o oxigênio poluído e escasso. Fora da ficção, esse acontecimento pode tornar-se realidade com o avanço de desmatamento descontrolado, já que vem ultimamente tendo muitos relatos de queimadas nas florestas, resultando em extinção de algumas espécies e também influenciando o aquecimento global. Dessa forma, esse incidente tem levado de forma negativa o risco de desastre naturais.
Urge, portanto, que é essencial a atuação estatal e social para que tais obstáculos sejam superados. Assim, cabe ao Poder Legislativo -o poder responsável pela criação de leis- colabore dando a devida importância ao problema, por meio de leis ambientais vetando as empresas. Além disso, cabe também ao Ministério da Educação realizar palestras de conscientização de exagero ao consumismo nas escolas por meio de profissionais e psicólogos, enfim dando um futuro melhor a geração. Destarte, o preceito da Constituição será então solidificado no Brasil.