Antes de tudo, percebe-se um evidente descaso governamental em torno da formação crítica dos jovens diante do uso das redes sociais. Nesse sentido, de acordo com o artigo 6º da Constituição de 1988, todos têm direito à educação e ao desenvolvimento pleno da personalidade. Contudo, essa garantia nem sempre se concretiza na prática, principalmente no que diz respeito à falta de políticas públicas voltadas à educação digital e ao uso consciente das mídias. Como resultado, os jovens tornam-se mais vulneráveis à manipulação de padrões de comportamento e à busca excessiva por aceitação virtual. Assim, a inação do poder público não apenas favorece a exclusão dessa parcela, mas também compromete as futuras gerações.
Além disso, é cabível pontuar que as desigualdades sociais intensificam a construção frágil da identidade juvenil nas redes sociais. Nessa perspectiva, consoante com a filósofa Hannah Arendt: “A essência dos direitos humanos é o direito a ter direitos”. Todavia, essa visão não acontece na prática, pois jovens de classes menos favorecidas muitas vezes encontram nas redes um espaço de pertencimento ilusório, pautado em padrões inalcançáveis. Logo, essa desigualdade digital aprofunda o sentimento de inferioridade e a falta de identidade real entre os jovens. Dessa forma, a persistência dessas disparidades aprofunda a vulnerabilidade dos indivíduos e perpetua o problema.
Portanto, cabe ao Estado investir uma maior parcela do PIB para combater os impactos negativos das redes sociais na identidade dos jovens. Essa ação deve ocorrer por meio do Ministério da Educação, órgão responsável por elaborar planos e políticas públicas voltados para a inclusão da educação midiática nas escolas, com aulas que ensinem o uso crítico e saudável das redes sociais. Com isso, os jovens desenvolverão maior consciência e autonomia sobre sua própria identidade, fortalecendo-se emocional e socialmente. Tal ação tem a finalidade de remediar não somente a omissão governamental, mas também as desigualdades sociais.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.
Principais erros: (C1) alguns problemas pontuais de regência/gramática e escolhas como “consoante com a filósofa” (trecho: “consoante com a filósofa Hannah Arendt”). Sugestão: usar “conforme a filósofa Hannah Arendt” e revisar pequenas vírgulas. (C2) tema bem desenvolvido, porém pode estabelecer tese mais clara na introdução. (C3) uso adequado de informações; evitar generalizações excessivas sem dados. (C4) conectivos presentes, manter progressão: organize ideias em ordem mais linear. (C5) intervenção bem articulada: inclua explicitamente agente, ação, meio e finalidade com linguagem precisa. Sugestão de reescrita de intervenção: “O Estado, por meio do Ministério da Educação, implemente programas de educação midiática nas escolas (ação), financiados com recursos do orçamento público (meio), visando ampliar a autonomia crítica dos jovens (finalidade).”
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