No Brasil, o uso de agrotóxicos na agricultura vêm crescendo ao longo dos anos, afim de proteger as lavouras de pragas e doenças. No entanto, o uso incorreto desses produtos causa diversos danos ao meio ambiente e, consequentemente, à saúde do ser humano. Assim, é preciso rever esses acontecimentos e tomar medidas para mitigar esse problema.
Primeiramente, é notório a falta de regulamentações adequadas que cabe ao governo atribuir medidas para amenizar esse revés. Na obra O Contrato Social, o filósofo Jean-Jacques Rosseau afirma que cabe ao Estado garantir o bem-estar coletivo por meio de políticas públicas. Todavia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que são registradas 20 mil mortes por ano devido ao consumo de agrotóxicos, causadas por doenças agudas e crônicas como infertilidade e malformações, evidenciando a negligência estatal que ocorre no país. Pode-se mencionar, por exemplo, trabalhadores rurais, que estão diretamente expostos e a maior parte não utiliza equipamentos de proteção apropriados, e crianças, que estão mais sujeitos à intoxicação. Dessa forma, é evidente que o poder público analise esses dados e opere novos meios para uma sociedade saudável.
Ademais, convém destacar a falta de iniciativa dos moradores no que diz respeito à diminuição do consumo de alimentos com alto índice de agroquímicos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, "o Brasil vem sendo o país com maior ingestão destes produtos desde 2008, decorrente do desenvolvimento do agronegócio no setor econômico". Nessas circunstâncias, entende-se que embora exista uma lei de controle do uso e produção, grande parte da sociedade não tem conhecimento do perigo que estão correndo ao ingerir alimentos tóxicos, causando impactos na saúde como doenças agudas e crônicas que podem evoluir para óbito. Em suma, é indiscutível a necessidade de métodos mais sustentáveis e rigorosos para uma melhora e proteção tanto dos moradores quanto de trabalhadores rurais.
Portanto, diante dos argumentos apresentados, é essencial que haja novas regulamentações mais rigorosas e práticas sustentáveis para a proteção da população. Cabe ao sistema político, que é responsável por assegurar a segurança e bem-estar de todos, implementar o fortalecimento de leis que regulam o uso de produtos tóxicos, e ONG´s como a Associação Brasileira de Agroecologia, trabalharem para a conscientização da população sobre esses produtos, informando sobre riscos associados ao consumo excessivo e promover hábitos de uma agricultura sustentável, como alimentos orgânicos. Assim, haverá melhora e redução desses impactos ambientais e na saúde do brasileiro.