"Cidade de Deus", clássico do cinema brasileiro, retrata de forma crua a realidade de milhares de pessoas que vivem em comunidades carentes, marcadas pela violência, desigualdade e falta de acesso a serviços básicos, como moradia digna. Com efeito, infelizmente, esse fato configura a realidade de muitos brasileiros, os quais são afetados pela exclusão social, além da precariedade das condições de vida. Sendo assim, é importante que ações sejam efetivadas para mudar esse cenário.

Sob esse viés, é relevante destacar que a falta de moradia é um problema estrutural que gera uma série de consequências negativas para a sociedade. Nesse sentido, o Estatuto da Cidade, lei que estabelece as diretrizes gerais da política urbana no Brasil, reconhece o direito à moradia como um direito social fundamental. Desse modo, a falta de acesso a uma moradia adequada impede que as pessoas exerçam plenamente seus direitos e desenvolvam seu potencial.

Outrossim, cabe ressaltar que a falta de moradia contribui para o aumento da desigualdade social. Nesse escopo, pesquisas demonstram que as famílias que vivem em condições de moradia precária têm menor acesso à educação, saúde e emprego, o que perpetua o ciclo da pobreza. Assim, a desigualdade se torna um obstáculo para o desenvolvimento social e econômico do país.

Depreende-se, portanto, que, para amenizar o problema da falta de moradia no Brasil, é imprescindível que o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, crie programas habitacionais mais eficientes e abrangentes. Isso deverá ser realizado com a participação de diferentes atores sociais, como movimentos sociais, empresas e universidades, além da implementação de políticas públicas que promovam o desenvolvimento urbano sustentável. Dessa maneira, será possível garantir o direito à moradia digna para todos os brasileiros. Com essa medida em prática, o problema da exclusão social e da desigualdade será atenuado, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.