De acordo com Paulo Freire a educação molda a sociedade, que tampouco é nada sem ela. Baseado nesse pensamento, a escolaridade de um indivíduo dentro de uma população define o modo como ele age em sociedade. Ao passo que quanto menor o nível de educação de uma comunidade, mais marginalizada ela tende a ser. A falta de interesse no estudo por parte das classes sociais mais baixas contribui para o aumento da desigualdade social, de modo a criar um congelamento na possibilidade de ascensão intelectual e social no Brasil.

Diante desse cenário, uma comunidade marginalizada significa também uma comunidade na qual a violência, além de realidade, é solução para muitos. No filme “Escritores da Liberdade” é apresentada a história de Erin Gruwell professora que dava aula em uma sala onde a falta de interesse dos alunos era evidente, bem como comportamentos violentos. Ao decorrer do filme fica claro o papel positivo da educação no enfrentamento das desigualdades sociais e da violência, sob esta perspectiva, a educação pode se tornar solução para muitos indivíduos que consideram-se “casos perdidos”.

Paralelamente, a discriminação dos menos escolarizados pelos que possuem um maior nível escolar é um problema no Brasil, portanto se a diferença educacional de uma população for levada à tona de modo a ser combatida e de fato reduzida, consequentemente a discriminação entre os indivíduos e a desigualdade social dessa mesma população também será reduzida, ou seja, focar na melhoria da educação implica na redução da violência e diminuição das desigualdades sociais.
Em suma, para resolver os problemas de violência urbana e desigualdade social no Brasil, o Estado, por meio do ministério da educação (MEC) deve cumprir a constituição brasileira levando educação à todos e também deve incentivar o estudo por meio de redes sociais, atingindo o público mais jovem e utilizar dinheiro público para melhorar a infraestrutura das escolas brasileiras.