O texto apresenta estrutura dissertativo-argumentativa, com introdução, desenvolvimento e conclusão, demonstrando compreensão do tema proposto. Contudo, alguns erros linguísticos comprometem a fluidez e a correção formal. Entre eles, observa-se a ausência de acentuação adequada em palavras como “experiencias” (o correto é “experiências”) e “vitimas” (o correto é “vítimas”). Estes são erros de acentuação, contados como um mesmo tipo, e, assim, não penalizam severamente a Competência 1, visto que o número total de tipos diferentes de erros gira em torno de dois.

Em outro ponto, há um deslize na concordância e na construção verbal na expressão “Tal ação será permear por meio de…”; sugere-se reescrever para “Tal ação se dará por meio de…” ou “Tal ação será desenvolvida por meio de…”, adequando a forma verbal ao sentido pretendido.

Na argumentação, a utilização da referência ao filósofo Sócrates carece de clareza e contextualização. Em vez de citar simplesmente “Segundo o filósofo ateniense Sócrates, que afirmou que o diálogo pode ser usado para explorar conceitos profundos e estimular a reflexão”, seria interessante apresentar de forma mais precisa como essa ideia se relaciona com a importância do debate nas redes sociais — por exemplo: “Inspirando-se no valor do diálogo, como sugerido por Sócrates, as redes sociais podem promover discussões que aprofundem a reflexão sobre o assédio, ampliando a conscientização social.”

Quanto à coesão, o uso de conectivos como “Dessa maneira”, “Por conseguinte”, “Logo” e “Outrossim” demonstra a preocupação em articular as ideias. Contudo, recomenda-se que a progressão das ideias seja ainda mais fluida, fazendo com que cada parágrafo se conecte de maneira natural com o anterior e o seguinte.

Na proposta de intervenção, o autor apresenta os quatro elementos exigidos: agente (Ministério das Mulheres), ação (promover campanhas em redes sociais e fiscalizar leis), meio (mobilizações sociais, influenciadores, ONGs e universidades) e finalidade (auxiliar na denúncia e reduzir o abuso sexual). Apesar de haver alguns deslizes na formulação (como “será permear”), a proposta é suficientemente detalhada, com, inclusive, a indicação de agentes e meios que viabilizem a ação. Para aprimorar, pode-se sugerir uma reescrita que detalhe ainda mais as responsabilidades de cada agente e exemplifique as campanhas: “O Ministério das Mulheres, por meio de parcerias com influenciadores digitais, ONGs e universidades, deve promover campanhas informativas nas redes sociais que capacitem as vítimas a denunciar abusos, criando canais de diálogo eficazes e acelerando a aplicação das leis de proteção.”

Em suma, o texto cumpre os requisitos do tema, porém apresenta pequenas falhas na norma culta e na articulação de algumas ideias, que podem ser facilmente aprimoradas com revisões e maior cuidado na escolha de expressões e referências.