O ativista Nelson Mandela salientou: "A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo". Nesse sentido, é visto que o acesso ao estudo propicia a mudança do planeta ao trazer melhores condições de vida dos cidadãos e a formação de um ser íntegro, porém, essa realidade muitas vezes não é observada, principalmente na sociedade brasileira devido a aspectos como a desigualdade social e o déficit de conhecimento de uma parte da população sobre os benefícios do aprendizado. Sendo assim, faz-se fulcral a reflexão.

Sob esse viés, é relevante notar que a segregação econômica é responsável por a função da educação não ser cumprida. De acordo com o escritor Ariano Suassuna, o Brasil é dividido em dois: "o país dos privilegiados e o país dos despossuídos". Nessa perspectiva, é evidenciado que a falta de condições favoráveis às famílias de baixa renda, mesmo com os diversos projetos criados pelo governo, acabam privando o acesso dessas pessoas ao conhecimento, enquanto que os beneficiados por todos os direitos mantém-se inertes. Além disso, a escassez de estrutura nos espaços acadêmicos públicos exponencia essa condição deplorável.

Ademais, a carência de informações oferecidas pelo o Estado sobre o papel do ensino e da aprendizagem para uma sociedade melhor faz persistir o desinteresse da população quanto ao estudo. Sob essa ótica, embora exista o programa do Governo Federal de bolsas para iniciação científica para pessoas de baixa renda, a má divulgação dessa oportunidade acaba por não estimular com eficiência os alunos, o que faz ocorrer, dessa maneira, a manutenção da não construção de um tecido social onde todos tem oportunidades iguais através do conhecimento.

Portanto, diante do exposto, atitudes devem ser tomadas para sanar o descaso que o não exercício do direito à educação e seu papel para uma sociedade mais igualitária causa. A fim de que todos possam desfrutar dos benefícios da educação, é dever do Ministério da Educação - órgão responsável por conferir condições de aprendizagem para todos - reorganizar e divulgar os programas de incentivo ao estudo nas redes sociais, através de verbas orçamentárias, assim como fiscalizar as estruturas das instituições de ensino para melhorar os espaços. Assim, a educação cumprirá sua função de poderosa arma e mudará o mundo.