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Por ranya18
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No filme brasileiro "Que horas ela volta?", dirigido por Anna Muylaert, a personagem Val, uma empregada doméstica nordestina de uma família abastada de São Paulo, se depara com um ambiente onde sua maneira de falar é frequentemente corrigida e desvalorizada. Fora da trama, a narrativa serve de símbolo para o estigma projetado naqueles que não cumprem com a norma padrão da língua. Essa realidade pode ser confirmada por uma falha educacional e pela concepção tradicionalista.
Sob esse viés, o hiato educativo potencializa essa situação de marginalização. Enxergar a língua pela orientação exclusiva, e não inclusiva, ajuda a potencializar atos intolerantes desde a infância. Marcos Bagno, em seu livro sobre "Preconceito linguístico", defende uma educação que valoriza a diversidade cultural do país. Entretanto, ao ingressarmos na escola ficamos sujeitos a uma língua gramática normativa, onde, na maiorias da vezes, somos corrigidos pelos próprios docentes. Dessa forma, esse déficit na instrução contribui para que o aluno não perceba a validade das demais variantes e a necessidade de adaptação da linguagem a depender do contexto de aplicação.
Ademais, a sociedade brasileira possui uma concepção tradicionalista, acerca da educação do Estado. Visto isso, não há uma conscientização sobre a formação da linguagem, pois a maneira de proferir, muitas vezes tem intrínseca relação com a cultura de cada região. Infelizmente, estamos sujeitos a concepção de que existe uma maneira correta de falar, situação como essa, ocorre quando nos mudamos para outra região do Brasil, assim como a personagem Val, chegando a ser extremamente conservadorista. Portanto, esse tipo de discriminação além de levar a exclusão social, leva à falta de reconhecimento das qualificações no mercado de trabalho, por exemplo.
Em suma, cabe ao governo juntamente ao Ministério da Educação financiarem campanhas nas mídias, principalmente na televisão, ressaltando a diversidade e a repudiação de atitudes de preconceito. Logo, é papel da República Federativa do Brasil, por conseguinte, a capacitação dos professores para que a escola seja um local de acolhimento, para assim, desconstruir o ensino atual e enfatizar a necessidade de tornar o português uma língua mais inclusiva.
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