སྨྲ གླུ ལྟ གླུ མ ་ཥ མཱ * 8

O que diria Martin Luther King, célebre ativista americano e ganhador de um Prêmio Nobel da Paz sobre o racismo no futebol? Certamente, ele estaria decepcionado, uma vez que seu legado baseou-se em lutar contra a segregação dos negros em seu paisNessa conjuntura, vale destacar os desafios de se combater tal preconceito em um cenário que deveria ser construído na base da diversão e do respeito. Essa dificuldade se faz presente tanto pelo preconceito racial enraizado na sociedade quanto pela falta de conscientização populacional acerca do assunto.
Sob essa ótica, é possível denominar o racismo velado como raiz propulsora da discriminação e praticada dentro dos estádios de futebol, isso porque desde a época da colonização as pessoas negras vem sendo colocadas em posição de inferioridade perante o âmbito social. Tal circunstância exemplifica-se em partidas de futebol em que os jogadores de futebol sofrem ataques racistas, com frases vindas dos próprios torcedores em um momento de raiva e euforia, que é tão normalizado pela sociedade que o problema passa a ser invisibilizado.
Além disso, é igualitariamente importante notar que, até os dias atuais, pouco se fala sobre as práticas preconceituosas que são praticadas dentro de campo, e que estão enraizadas em cada indivíduo. Isso porque as escolas não retratam abertamente o assunto com seus alunos, a mídia escolhe ignorar muitos dos casos quando se trata do esporte, principalmente se a vítima for um mulher, e os movimentos que lutam contra o racismo no futebol são pouco reconhecidos e apoiados. Com isso, as vítimas se sentem invalidadas, e o cenário tende a se repetir.
Em virtude dos fatos mencionados, faz-se necessário entender que o problema tem origem no crescimento individual e coletivo de cada um, levando em conta uma estrutura social e histórica. Para que a superação do racismo no futebol seja eficaz, é preciso ocorrer uma união entre as lutas sociais e as conquistas legislativas, de modo que elas se assegurem entre si. Ações de engajamento social e incentivo governamental, com a inserção de programas de estudo, por exemplo, são cruciais para mudar a perspectiva do racismo dentro do futebol.