Desde a abolição da escravidão no século XIX a luta contra o racismos é presente na sociedade mundial. Diariamente nos deparamos com atos de agressão a outrem por sua cor de pele, nos mais variadas classes sociais. Ainda se faz necessário lutar por seu lugar de direito, de se fazer valer tais direito civis quando sua pele é escura, suas raízes ancestrais trazem em tempos atuais o peso de ser negro no mundo. Ruby Bridge, primeira menina negra a frequentar uma escola de brancos nos Estados Unidos, enfrentou bullying, ameaças contra sua integridade física, ofensas racistas e uma sociedade enfurecida pelo racismo estrutural da época, para que pudesse ter acesso a uma educação adequada a sua capacidade intelectual.
Os direitos civis evoluíram, o direito subjetivo de igualdade de oportunidades é uma pauta universal quanto a dignidade humana, a reparação de danos causados por anos de repressão e opressão racista, escravidão e negligência são debatidas todos os anos por muitos países e que ainda estão muito distantes do que precisamos para uma mundo melhor, isto vem se refletindo constantemente nos estádio de futebol. As camadas de concreto e grama que separam os torcedores, os jogadores e demais membros das comissões técnicas de futebol não são suficientes evitar que as agressores se concretizem, não apenas por palavras mas também por gestos, onde o principal alvo é o tom de pele. Recentemente o jogador Vitor Jr tem estampados as capas de jornais e telejornais, não por seu talento, mas pelas contantes agressões que sofre por sua negritude, o que piora se somadas a pobreza e a uma origem periférica.
A frase "ser preto, pobre e favelado no Brasil não é mole" é reflexo da falsa sensação de impunidade para aqueles que comerem tais crimes, lhes dão conforto para cometer abertamente seus atos, ao passo que, muitos não penalizados de forma branda, ou, simplesmente, não são penalizados.
Deste modo, é necessário medidas efetivas de educação e conscientização a representatividade negra no Brasil, nos estádios de futebol, na sociedade brasileira, que a igualdade de direitos e deveres não se faça apenas palavras em um papel, não seja apenas uma lei escrita, mas uma lei efetiva. Dar notoriedade a grandes referências negras, as personalidades que se destacam que corroboram para que a sociedade entendam que não somos medidos pelo tom da nossa pele, mas por nossa capacidade de ser. Milton Santos, Pelé, Elza Soares, entre tantos outros, que são patrimônios de nossa brasilidade.