Diante desse quadro, a ausência de alfabetização digital e midiática é um dos principais fatores que explicam a vulnerabilidade da população brasileira diante da desinformação. Nesse viés, a falta de aprendizado técnico de notícias promove uma maior propagação entre notícias falsas, fazendo com que parte da população desconfie de fatos verídicos. Nesse sentido, a série espanhola “Merlí” retrata como a globalização dificulta a confiança de fontes científicas e facilita uma maior circulação de fake news. Analogamente, no contexto brasileiro, a analfabetização digital e midiática pode causar a falta de compreensão de fontes que circulam em diferentes meios, principalmente na internet.
Além disso, com o avanço da internet e das redes sociais, o jornalismo perdeu espaço para uma lógica de informação instantânea, em que qualquer pessoa pode publicar qualquer informação. Com isso, as Deepfakes ajudam com que mais pessoas acreditem na desinformação por meio de vídeos e fotos alterados. Entretanto, muitos cidadãos passaram a desconfiar dos meios de comunicação tradicionais, enquanto acreditam em fontes informais e influenciadores sem formação jornalística. Logo, a desvalorização do jornalismo profissional fragiliza o combate à desinformação e compromete a construção de uma cidadania crítica.
Portanto, é urgente a implementação de medidas que revertam esse cenário. Nesse sentido, o Ministério da Educação deve, por meio da BNCC, instituir a educação midiática como tema transversal obrigatório no currículo da educação básica, a fim de formar cidadãos críticos e capazes de interpretar informações de forma consciente. Assim, será possível evitar os problemas da desinformação midiática no Brasil.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. Embora ainda possa apresentar alguns problemas no desenvolvimento das ideias, o tema, em seu texto, é bem desenvolvido, com indícios de autoria e certa distância do senso comum demonstrando bom domínio do tipo textual exigido.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, ou seja, os argumentos, embora ainda possam ser previsíveis, estão organizados e relacionados de forma consistente ao ponto de vista defendido e ao tema proposto, e há indícios de autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.
Principais erros identificados e correções propostas:
Competência 1 (Norma-padrão)
- Trecho: “foi abordado como nasce as fake news...” — erro de concordância e construção. Correção: “foi abordado como nascem as fake news...” ou “foi abordado o modo como nascem as fake news...”
- Trecho: “os desafios ... no combate ... no Brasil é um tema...” — concordância verbal. Correção: “os desafios ... são um tema relevante...”
- Trecho: “o País” (maiúscula) e “Deepfakes” (maiúscula) — uso indevido de maiúsculas. Correção: “o país”, “deepfakes”.
- Trecho: “propagação entre notícias falsas” — preposição incorreta. Correção: “propagação de notícias falsas” ou “propagação entre a população de notícias falsas”.
- Trecho: “ajudam com que” — locução inadequada. Correção: “contribuem para que” ou “fazem com que”.
Sugestão geral: revisar concordâncias e preposições e padronizar o uso de termos (ex.: deepfakes, país).
Competência 2 (Desenvolvimento do tema)
- Erro: tese clara, mas generalista e com repetições (ex.: “no contexto brasileiro” e “no Brasil” juntos). Sugestão: tornar a tese mais precisa e encadear argumentos disciplinares (educação, tecnologia, sociologia). Ex.: introdução reescrita: “A educação midiática é essencial para fortalecer a democracia brasileira, pois a falta de formação crítica frente ao ambiente digital facilita a circulação de desinformação e enfraquece o debate público.”
Competência 3 (Argumentação)
- Erro: exemplos citados (South Park, Merlí) não são suficientemente articulados ao panorama brasileiro; presença de generalizações (“parte da população”). Sugestão: explicitar a relação causa–efeito entre baixa alfabetização midiática e consequências (ex.: adesão a boatos eleitorais, impactos na saúde pública) e, quando possível, citar dados ou fenômenos concretos.
Competência 4 (Coesão e coerência)
- Erros: repetição de conectivos (“Nesse viés”, “Nesse sentido”) e leves quebras de progressão argumentativa. Sugestão: variar conectivos (além, por outro lado, consequentemente, por isso) e inserir sentenças de transição que explicitem relações (causa, consequência, exemplificação). Reescrever frases ambíguas para manter sequência lógica entre parágrafos.
Competência 5 (Proposta de intervenção)
- A proposta apresenta os 4 elementos essenciais: agente (Ministério da Educação), ação (instituir educação midiática como tema transversal), meio (por meio da BNCC) e finalidade (formar cidadãos críticos). Para maior pontuação prática, detalhar ao menos um elemento: por exemplo,
- Agentes adicionais: secretarias estaduais, universidades, organizações de verificação de fatos.
- Ações detalhadas: implementação de componente curricular com cargas horárias por etapa, formação continuada de professores, materiais didáticos e avaliações.
- Meios específicos: parceria com universidades e fact-checkers, plataformas para projetos escolares, cronograma de 3 anos para implementação.
Exemplo de reescrita da intervenção: “O Ministério da Educação, em parceria com secretarias estaduais, universidades e organizações de fact‑checking, deve incluir a educação midiática na BNCC, definindo conteúdos por etapa, ofertando formação continuada a professores e materiais didáticos digitais, com objetivo de, em três anos, elevar a capacidade crítica dos estudantes e reduzir a circulação de desinformação.”
Observações finais: corrija os pontos gramaticais destacados, elimine repetições e fortaleça os exemplos e evidências (dados, políticas públicas, consequências concretas). Amplie e detalhe a proposta de intervenção para torná‑la mais aplicável e mensurável.