Inequivocamente, na obra televisiva As Aventuras de Poliana, evidencia-se como atitudes pautadas na empatia, no bem-estar e na reflexão crítica podem impulsionar transformações sociais. De modo análogo, na sociedade hodierna, constata-se que a inclusão de pessoas com autismo configuram-se como entraves ao desenvolvimento do país. Nesse contexto, tais questões decorrem da inércia estatal e da omissão social, fatores que perpetuam essa conjuntura alarmante.
No limiar da discussão, cumpre pontuar a premente relevância da inércia estatal, cuja ausência de políticas públicas eficazes intensifica os desafios que permeiam a problemática em pauta. Consoante George Orwell, na fábula “A Revolução dos Bichos”, a concentração de poder e a falta de comprometimento coletivo resultam em injustiças e estagnação social — uma metáfora atemporal da inércia governamental diante das demandas do povo. À vista desse panorama, percebe-se que a inércia estatal perpetua desigualdades e enfraquece o tecido social. Desse modo, torna-se indispensável promover ações para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
Sob esse prisma, a omissão social reflete a indiferença humana, perpetuando os empecilhos para a inclusão de pessoas com autismo e dificultando mudanças estruturais. À luz da frase de Martin Luther King Junior — “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons” —, evidencia-se que a passividade diante das injustiças legitima problemas sociais e reforça a negligência. Assim, é imprescindível que a sociedade reconheça seu papel na promoção de mudanças concretas e humanizadoras.
Diante do exposto, impõe-se salientar que, inspirando-se na empatia e na reflexão crítica destacadas em As Aventuras de Poliana, o Ministério da Educação (MEC) — órgão responsável pela educação no Brasil, deve promover campanhas e projetos educativos, como oficinas, clubes e palestras sobre a inclusãode pessoas com autismo, voltados à conscientização de jovens e famílias. Outrossim, conduzidas por profissionais capacitados, tais ações contribuirão para fortalecer a cidadania e consolidar uma sociedade mais justa e sensível às demandas coletivas.