No filme “O primeiro da classe” é retratada a vida do protagonista que possui a síndrome de Tourette e os desafios que ele enfrenta ao tentar se incluir no mercado de trabalho, tendo que lidar com o preconceito.Fora da ficção, a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ainda é um grande desafio, tendo em vista que muitos das vezes essas pessoas são reduzidas às suas deficiências. Diante disso, é notável que esse problema é oriundo pela negligência governamental e o preconceito estrutural.

Em primeiro plano, é notável a falta de medidas governamentais na resolução da questão, uma vez que o número de pessoas com deficiência desempregadas ainda é exorbitante, segundo o pensador Thomas Hobbies e dever do estado garantir os serviços necessários para o bem da população. Nesse sentido, é notável que apesar do governo possuir poder suficiente para reverter esse cenário, eles não têm como foco principal esse grupo de pessoas, o que acaba gerando um estigma associado às pessoas PCD, de que não podem ou não querem se inserir no mercado de trabalho.

Ademais, é impossível não ressaltar que o preconceito estrutural é um dos grandes causadores do problema, uma vez que esse preconceito herdado por gerações ainda atinge vários grupos sociais. Segundo o pensador Voltaire, “O preconceito é a opinião sem conhecimento”. Sob esse prisma filosófico, essa forma alienada de ver pessoas com deficiência como incapazes e diferentes só germina ainda mais o ódio no mundo é afeta ainda mais esse grupo já tão marginalizado, gerando muitas das vezes doenças psicológicas como a depressão.

Portanto, torna-se essencial a criação de políticas públicas eficazes, logo cabe ao governo federal — responsável por executar as leis— a criação de novas vagas de empregos que tenham como público alvo pessoas PCD por meio do sindicato dos trabalhadores, com a finalidade de garantir a todos direitos dignos.