No filme, "O Lorax, Em Busca da Trúfula Perdida", de Chris Renaud, é retratada uma sociedade movida pela lógica do lucro, cuja exploração predatória dos recursos naturais resulta em colapso ambiental e social. Tal ficção dialoga diretamente com a realidade brasileira, em que a busca incessante por crescimento econômico se sobrepõe à sustentabilidade, agravando os impactos ecológicos. Nesse contexto, a ganância humana e a ineficiência das políticas públicas configuram os principais entraves à preservação ambiental no país.

Sob essa perspectiva, a lógica capitalista contemporânea estimula práticas de consumo e produção insustentáveis, priorizando o lucro imediato em detrimento do equilíbrio ecológico. Conforme o sociólogo Ulrich Beck, na obra Sociedade de Risco, a modernidade gera perigos ambientais proporcionais ao avanço tecnológico, o que se confirma no caso brasileiro. O desmatamento da Amazônia, impulsionado pela expansão agrícola e pela mineração ilegal, exemplifica esse desequilíbrio. Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam aumento expressivo da devastação florestal, revelando a urgência de políticas efetivas de contenção. Portanto, é imprescindível repensar o modelo de desenvolvimento vigente, priorizando práticas que conciliem economia e sustentabilidade.

Ademais, a insuficiência das políticas públicas agrava o problema ambiental. Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) tenha estabelecido metas sustentáveis por meio da Agenda 2030, a aplicação dessas diretrizes no Brasil ainda é tímida. A deficiência na fiscalização, a impunidade frente a crimes ambientais e a falta de articulação entre os entes federativos dificultam avanços significativos. Em consequência, a degradação persiste, comprometendo o patrimônio natural e a qualidade de vida das gerações futuras.

Diante desse cenário, é fundamental que o Ministério da Educação, órgão responsável pela administração do ensino no país, promova programas nacionais de educação ecológica, por meio de formação docente, oficinas de reflorestamento e campanhas midiáticas sobre consumo responsável, a fim de formar cidadãos ambientalmente conscientes. Além disso, o Estado deve reforçar a fiscalização, aplicar punições efetivas a infrações ambientais e implementar programas de preservação, garantindo a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável. Dessa forma, será possível construir uma sociedade ecologicamente equilibrada no Brasil, onde a sociedade civil também desempenhe um papel ativo na proteção ambiental.